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Deputados comemoram os 10 anos de paz em Angola

Os 10 anos da assinatura do acordo de paz em Angola foi comemorado, nesta quarta-feira (4) na Comissão de Relações Exteriores da Câmara. O evento foi marcado pela intenção dos deputados e do embaixador de Angola no Brasil, Nelson Gomes, de fortalecer os laços de amizade e intensificar o intercâmbio comercial e cultural entre Brasil e Angola.

 A guerra civil que devastou o país por mais de duas décadas foi lembrada pelo embaixador de Angola no Brasil, destacando que o Brasil foi o primeiro país a reconhecer a independência angolana. E agradeceu as homenagens da Comissão: “É uma imensa satisfação participar dessa homenagem que fortalece cada vez mais os laços de amizade entre Brasil e Angola, porque valoriza a cultura dos países africanos”.

Durante o ato de celebração, a presidenta da Comissão, deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), lembrou a importância dos trabalhos de reconstrução do país e da manutenção da paz. A deputada destacou ainda que a Comissão vai trabalhar para fortalecer as relações comerciais e culturais entre Brasil e Angola.

“Infelizmente, nós sabemos que dez anos não são suficientes para reconstruir um país. É importante continuar apoiando a reconstrução do país e a consolidação da paz”, afirmou.

A deputada Janete Rocha Pietá (PT-SP), autora do requerimento de realização da audiência, lembrou que a assinatura do acordo de paz em 4 de abril de 2002, entre as forças governamentais e os rebeldes da Unita, colocou fim a mais de 20 anos de luta armada e de sofrimento para o povo angolano.

Janete Pietá também destacou a importância de se consolidar os laços de amizade entre os dois países. “Brasil e Angola têm laços históricos nas áreas de cultura, infraestrutura e educação há quase cinco séculos. Angola é o nosso terceiro maior parceiro comercial no continente africano. Em 2011, o Brasil movimentou mais de um bilhão de reais. É preciso trabalhar pelo fortalecimento das nossas relações”, sugeriu.

O presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Angola, deputado Edson Santos (PT/RJ), lembrou que grande parte da mão-de-obra vinda do continente africano na época do descobrimento era angolana e impulsionou o intercâmbio cultural entre os dois países. “É importante lutar pelo fortalecimento da nação angolana”, ressaltou.

Participaram do evento representantes de 14 embaixadas de países africanos e latino-americanos, o secretário-executivo da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Mário Lisboa Theodoro, e o chefe da Divisão da África 3 do Ministério das Relações Exteriores, Pedro Cardoso.

De Brasília
Com informações da Ass. Comissão de Relações Exteriores