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Irã destaca transparência sobre a Síria enquanto espera Annan

Deputados e autoridades governamentais do Irã sublinharam nesta terça-feira (10) a posição "totalmente transparente" do país sobre o conflito na Síria, enquanto atribuíram alta importância à viagem do enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan.

O relator da comissão de segurança nacional e política exterior do Majlis (Parlamento persa), Kazem Jalali, advertiu contra as tentativas de transformar o caso sírio em um tema de segurança e assinalou que tais atitudes levariam a um "sério erro".

"Só a nação síria, por si mesma, tem que tomar as decisões sobre seu sistema político", remarcou o legislador, ao condenar com severidade a interferência estrangeira nos assuntos internos do país árabe, sacudido há mais de um ano por uma rebelião armada.

Jalali acrescentou que a postura da República Islâmica para com a Síria, seu principal aliado no mundo árabe, se mantém invariável, ao mesmo tempo que confia em que o governo de Damasco "empreenderá passos sérios para as reformas do país".

As declarações do deputado coincidiram com o reconhecimento por Martin Nesirky, porta-voz do secretário geral da ONU, de que o Irã é um importante país do Oriente Médio que pode exercer um papel chave na solução da crise síria, segundo destacaram meios locais.

O diplomata declarou à agência oficial de notícias IRNA que o enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria chegará nesta quarta-feira a Teerã com a esperança de ajudar a melhorar o que descreveu como crítica situação na nação árabe.

Annan chegará amanhã para uma visita de apenas 24 horas, destinada a conseguir a cooperação das autoridades iranianas para que usem sua influência regional a favor de impulsionar o plano do ex-secretário geral da ONU.

A proposta do enviado da ONU e da Liga Árabe pretendia que se declarasse um cessar-fogo nesta terça-feira para dar passo a outras medidas de distensão, mas os grupos armados, que Damasco chama de terroristas, se negaram a dar garantias por escrito de que respeitarão o armistício.

Não obstante, em declarações na província turca de Hatay, onde visitou hoje refugiados sírios, Annan considerou "demasiado cedo" dizer que seu plano teria fracassado, e apontou que "está ainda sobre a mesa", mas pediu que não se estabeleçam pré-condições.

Fonte: Prensa Latina