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Síria adverte sobre não cumprimento do plano de Kofi Annan

A Síria advertiu que aceita cumprir o plano do enviado especial da ONU, Kofi Annan, se for respeitada sua soberania e garantido o desarmamento dos grupos que praticam a violência armada e terrorista no país.

No entanto, Annan não ofereceu garantias por escrito de que os grupos armados tenham concordado em deter a violência, nem tampouco que Catar, Arábia Saudita e Turquia se comprometem a deter seu financiamento e o fornecimento de armas, destaca uma declaração da Chancelaria, divulgada nesta segunda-feira pela imprensa.

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A advertência coincide com a viagem a Moscou do ministro do Exterior Walid Al-Moallen para tratar os vínculos bilaterais e, em especial, sobre a aplicação da proposta de Annan, segundo afirmou-se.

O porta-voz da Chancelaria, Jihad Makdessi, informou que Damasco decidiu aceitar a proposta de Annan depois que este afirmou ao presidente Bashar Al-Assad que sua missão estaria baseada no respeito à soberania e se comprometeu a trabalhar para deter todo tipo de violência, buscando inclusive o desarmamento dos grupos.

Isso garantiria, segundo o compromisso, o controle do Estado sobre todo seu território e então se poderia começar um diálogo nacional integral com a oposição síria, disse o porta-voz.

No entanto, desde que se fez o anúncio do aceite do plano de Annan, esses grupos intensificaram suas ações armadas e terroristas, assim como as tentativas de infiltrações de grupos armados vindos da Turquia e do Líbano, denunciou Makdessi.

O porta-voz assinalou ainda que o discurso do enviado ao Conselho de Segurança da ONU foi interpretado como se a Síria tivesse dito que se comprometia a retirar as forças das cidades até 10 de abril, "mas essa interpretação está errada", enfatizou Makdessi e enfatizou que Damasco ainda não recebeu nenhuma garantia por escrito que lhe assegure que se porá fim à violência armada e terrorista.

O governo sírio está disposto -reafirmou o porta-voz- a continuar a cooperação com Annan para a implementação de seu plano e lhe informará dos passos, conforme essas garantias cheguem.

Não obstante, esclareceu, a Síria não repetirá o que ocorreu durante a missão dos observadores árabes, quando se comprometeu a retirar as tropas, o que foi aproveitado pelos grupos armados para reorganizarem-se e se armarem, e assim ocuparam comunidades inteiras.

Fonte: Prensa Latina