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Síria: mesmo com cessar fogo, grupos armados seguem com ataques

Os grupos que provocaram a violência armada e terrorista na Síria, ainda que já mais dispersos, prosseguem nesta terça-feira (10) com os ataques, sabotagens e tentativas de infiltração a partir da Turquia e do Líbano. A data é o prazo limite para o cessar fogo no país. O ministro de Relações Exteriores da Síria, Walid Mualem, declarou que o cessar fogo deverá ser proclamado imediatamente após a chegada dos observadores da ONU.

Segundo a interpretação do cronograma de aplicação do plano do enviado especial Kofi Annan, nesta terça-feira (10) deveria ser iniciada a retirada das forças sírias das áreas de conflito, e a oposição armada deveria deter suas ações, mas a realidade é outra. A rede de TV Al Jazeera e meios ocidentais divulgam que grupos, que eles chamam de “rebeldes”, mantêm o fogo e "lançam ataques mortais contra tropas sírias".

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Na segunda-feira (9), 25 soldados entre militares e agentes da ordem sírios morreram. Nesta terça-feira (10), pelo menos 12 pessoas morreram em diversos bombardeios, segundo insurgentes.

Sobre o cessar fogo, o chanceler sírio declarou que “o cessar fogo deverá ser iniciado simultaneamente à chegada de um grupo de observadores internacionais”. Mualem chegou a Moscou nesta segunda-feira (9) à noite para reforçar as consultas com o governo russo. O chanceler insistiu que o governo aposta que conseguirá um fim da violência “estável e íntegro”.

Observadores e trégua

“No entanto, tendo em conta nossa experiência com os observadores árabes, queremos nos assegurar de que os novos observadores vão desenvolver seu trabalho realmente com imparcialidade e que vão registrar todas as violações de cessar fogo venham de onde venham”, assegurou.

Por outro lado, o chefe da diplomacia síria negou que o governo de Damasco tenha exigido da oposição garantias de não romper a trégua, já que não poderia “aceitá-las daqueles que causaram destruição e têm assassinado pessoas”.

“Pelo contrário, exigimos estas garantias do próprio Kofi Annan e queremos que nos informe sobre seus contatos com a oposição e os países que os apóiam”, manifestou.

Neste sentido, Mualem acusou a Turquia de apoiar os grupos armados que entram em território sírio de forma ilegal e exigiu de Ancara que faça constar seu compromisso com o plano de Annan no referente ao respeito à soberania da Síria.

“Lamentavelmente, a Turquia presta apoio aos grupos armados sírios, os arma e proporciona possibilidade de treinar e entrar ilegalmente em território sírio. Todas essas ações são contrárias aos planos de Kofi Annan”, afirmou.

Com informações da Prensa Latina