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Deputados apoiam criação de grupo de amizade com Saara Ocidental

O processo de independência e reconhecimento do território do Saara Ocidental foi discutido nesta terça-feira (11) na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados. A presidenta da Comissão, deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), recebeu um grupo de mulheres Saarauís para discutir também a situação humanitária e política do território. A comitiva visitou o parlamento brasileiro para pedir o apoio de autoridades brasileiras no processo de independência.

Deputados apoiam luta das mulheres do Saara Ocidental - Agência Câmara

Perpétua Almeida disse que os deputados estão empenhados em colaborar para o processo de paz. E defendeu a criação de um grupo parlamentar de amizade pela libertação do Saara Ocidental. “Temos que ser solidários e parceiros. Acho justa essa reivindicação. Essa Comissão vai ajudar na articulação do grupo de amizade”, destacou.

A presidenta da União Nacional das Mulheres Saarauí (UNMS), Fatma Mehdi, explicou que o grupo de mulheres trabalha na organização dos acampamentos de refugiados e na luta pela libertação do povo Saarauí.

O grupo ressaltou que mais de 80 países já reconheceram a independência da República Árabe Saarauí com exceção do Brasil, único na América do Sul. Atualmente, os Saarauí são um povo sem território e os acampamentos de refugiados no deserto do Saara, no sudoeste da Argélia, reúnem mais de 200 mil pessoas.

Segundo ela, a situação atual precisa ser entendida como uma questão de violência aos direitos humanos e um tema universal. “Não escolhemos a guerra. Estamos esperando há mais de 20 anos por esse processo de independência. Estamos expostos a uma violência diária e queremos a linha pacífica. Precisamos do apoio da ONU e do mundo para conquistar nossa liberdade”, defendeu.

Participaram do evento vários deputados que ressaltaram a importância do diálogo no processo de independência. O deputado Luiz Alberto (PT-BA), que visitou o Saara Ocidental em missão da ONU, declarou que está empenhado em auxiliar no processo de independência. “Já visitei o país na década de 90 e acredito que devemos unir esforços para ajudar nesse processo de reconhecimento de independência”.

De Brasília
Com informações da União Nacional das Mulheres Saarauí