Crise na Espanha faz estrangeiros deixarem o país

Indicando as consequências demográficas da crise financeira que aflige o bloco europeu, o INE, Instituto Nacional de Estatística da Espanha, revelou nesta quinta-feira (19) que o número de estrangeiros vivendo no país recrudesceu pela primeira vez desde a década de 1990.

No cômputo geral, crescimento populacional do país com base em 2011 permaneceu praticamente estagnado, sinalizando apenas um inexpressivo crescimento de 0,2 pontos percentuais. Para o mesmo período, a queda no número de estrangeiros chega a mais de 40 mil indivíduos. Eles agora são pouco mais de 12% dos habitantes da Espanha.

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Em declarações ao jornal espanhol El Mundo, pesquisadores do INE alegaram que a crise econômica do bloco europeu modelou a dinâmica demográfica da Espanha. Em termos percentuais, os especialistas lembram que as cifras são praticamente nulas. Entre os estrangeiros, a queda foi registrada em todas as nacionalidades latino-americanas, com exceção dos naturais da República Dominicana, que elevam sua participação no contingente espanhol em 1,2%.

As colônias estrangeiras mais abundantes no país são as compostas por romenos, marroquinos, britânicos, equatorianos e colombianos. As maiores perdas situam-se nas comunidades de argentinos, bolivianos, peruanos, polacos e italianos.

Quando o critério é o gênero, os dados do INE revelam que as mulheres são a maioria da população espanhola, equivalendo a uma fatia de 50,7% do total apurado pelo recenseamento.

Os dados ainda devem ser revisados antes de serem aprovados definitivamente ao final deste ano e ingressarem no banco de dados do governo espanhol.

Fonte: Ópera Mundi