Esquerda espanhola acusa Rajoy de privatizar serviços públicos

A coalizão espanhola Izquierda Unida (IU) acusou neste domingo (29) o governo conservador de Mariano Rajoy de utilizar a crise econômica como desculpa para privatizar os serviços públicos essenciais.

Nesses termos pronunciou-se o coordenador federal da IU, Cayo Lara, antes de participar de uma manifestação em Madri contra o corte de 10 bilhões de euros decretado pelo Partido Popular (PP) na Previdência e Educação.

"Querem nos roubar o direito constitucional à educação, à previdência e aos serviços sociais, conquistas que custaram muitas décadas de luta da classe trabalhadora", denunciou o líder da terceira força eleitoral da Espanha.

Lara explicou a repórteres que existe uma saída diferente às medidas de ajuste para corrigir o déficit fiscal, e apostou no aumento do imposto de renda e no combate contra a fraude fiscal existente no país.

Sob a bandeira "Com a educação e a previdência não se brinca", os dois principais sindicatos espanhóis, Comissões Operárias (CCOO) e a União Geral de Trabalhadores (UGT), convocaram neste domingo a população a tomar as ruas em rechaço aos drásticos cortes da despesa pública.

Os protestos em várias cidades desta nação ibérica ocorrem exatamente um mês após uma greve geral convocada pelas principais centrais operárias contra a reforma trabalhista do governo que facilita a demissão dos assalariados e torna-a menos custosa para os patrões.

As manifestações ocorrem, ainda, dois dias antes das tradicionais mobilizações pelo 1º de maio, Dia Internacional dos Trabalhadores, que poderiam se converter em palco para o anúncio de novas medidas de força.

Prensa Latina