Paquistão testa com sucesso míssil de longo alcance

O Exército do Paquistão anunciou nesta quinta-feira (25) que testou com sucesso uma versão melhorada de seus mísseis balísticos de alcance intermediários, capazes de transportar ogivas nucleares.

O novo míssil inclui melhoras na gama e as capacidades técnicas do Shaheen-1 e golpeou um objetivo situado no oceano Índico, referiram aqui fontes militares segundo as quais o país consolida e fortalece assim sua capacidade dissuasória.

Ainda que Paquistão nunca tenha sido revelado o objetivo de seus mísseis – todos denominados com nome de conquistadores muçulmanos -, especialistas em defesa atribuem ao maior alcance de dois mil 500 a três mil quilômetros, o que poderia manter sua arquirrival Índia sob seu poder de fogo.

No caso do Shaheen-1, capaz de portar cabeças nucleares ou convencionais, acha-se que pode impactar alvos a 750 quilômetros.

Seu teste ocorreu seis dias após a Índia lançar seu primeiro míssil balístico intercontinental, o Agni-V, capaz de levar ogivas nucleares e de golpear objetivos a mais de cinco mil quilômetros.

Únicas nações do sul da Ásia que fazem parte do exclusivo clube de potências nucleares, Paquistão e a Índia lutaram três guerras desde sua independência em 1947, duas delas pelo limítrofe território de Cachemira, com a consequente preocupação para a região e o resto do mundo.

De acordo com um estudo a Associação Internacional de Médicos para a Prevenção da Guerra Nuclear difundido nesta quarta-feira (25), mais de 1 bilhão de pessoas em todo mundo poderiam morrer de fome se Islamabad e Nova Délhi empregassem suas armas nucleares.

Além de que as nuvens de radiação contaminariam as terras de cultivo próximas ao centro das explosões, o hollín na atmosfera devastaria as colheitas devido à redução da temperatura global e das precipitações em todo o planeta, alertou a investigação.

Fonte: Prensa Latina