Segundo pesquisa, Chávez ganharia com folga eleição presidencial

O presidente venezuelano Hugo Chávez ganharia as eleições de 7 de outubro com 66% dos votos válidos, em um cenário polarizado, indicam os resultados da pesquisa do Centro de Medição e Interpretação de Dados Estatísticos 50.1 (CMIDE 50.1), realizada de 9 a 15 de abril em todo o país, anunciou neste domingo o jornalista José Vicente Rangel.

Segundo a sondagem , Chávez tem a intenção de voto de 57,3% do universo pesquisado, contra 25,8% de Capriles; 16,9% responderam que não sabem.

Os resultados deste estudo, com base em 1.300 entrevistas em todo o país, em um universo de pessoas acima de 18 anos, foi divulgado pelo jornalista em seu espaço dominical “José Vicente Hoy”.

Diante da pergunta "Você crê que Henrique Capriles ganhará as eleições em 7 de outubro?", 70,7% afirmam que não creem, contra apenas 17,7%; 11,6% dizem que não sabem.

À questão sobre quem acredita que como presidente da República garantiria a paz e a estabilidade no país, Chávez figura com 72,8% e Capriles com 18,7%, ao tempo em que 8,5% dizem que não sabem.

Sobre a gestão de governo do presidente Chávez, 79,5% a qualificam positivamente (muito boa, boa, regular a boa) e 18,2% a consideram negativamente, enquanto 2,3% não sabem.

Rangel destacou um dado importante nas tabulações: 39% dos que manifestam intenção de voto em Capriles não confiam em que este ganhe as eleições.

Outro dado relevante é que 89% dos que manifestam a intenção de voto a favor de Chávez nos chamados estratos A e B creem que o chefe de Estado é garantia de paz e estabilidade no país.

Na faixa etária entre 25 e 49 anos (segmento que representa 55% da categoria de 18 anos ou mais), 78,6% creem que Chávez é maior garantia de paz e estabilidade.

Oposição golpista

Rangel, que já foi ministro da Defesa e vice-presidente da República durante o primeiro mandato de Chávez, denunciou a existência de planos da oposição para não reconhecer a eventual reeleição do presidente em outubro próximo.

O que gera mais suspeitas é a negativa da oposição em declarar, sem ambiguidade, que reconhecerá os resultados eleitorais de 7 de outubro, assinalou em seu habitual comentário no início do programa.

"Essa atitude semeia a desconfiança e faz soar os alarmes", advertiu, e afirmou que é o menos que se pode pensar sobre uma oposição que sistematicamente se negou a condenar seu procedimento de 10 anos atrás, quando desferiu o golpe de 11 de abril.

Na opinião de Rangel, para levar adiante esses planos, a oposição recorrerá a uma denúncia de suposta fraude, que – disse – "é impossível de realizar em um sistema eleitoral blindado para qualquer tipo de armadilha, como é o venezuelano".

Também poderiam apelar "para a tramoia de outro tipo de aventura, produto do desespero, para o que estão dando passos que põem em alerta os organismos de segurança do Estado", acrescentou.

Diante de possíveis cenários não democráticos, o presidente Chávez anunciou em 13 de abril passado a criação de um Comando Antigolpe, recordou Rangel, e considerou essa decisão como "uma sábia e oportuna medida".

Esse órgão, precisou, "analisará a fundo a situação, adotará previsões, conjurará qualquer risco e servirá para desmontar qualquer intenção golpista".

Agência Venezuelana de Notícias e Prensa Latina