PCdoB Goiás realizará 2ª Conferência sobre emancipação da Mulher

O debate será sobre a história e a realidade da mulher brasileira, sua posição na sociedade e formas de ação que garatam a presença da mulher nos postos de poder.

Para este evento são esperadas cerca de 500 pessoas, entre homens e mulheres, representantes dos principais municípios do Estado. Foram convidados presidentes de partidos políticos, secretárias de políticas para mulheres, órgãos de controle social de políticas públicas para mulheres, parlamentares. Além de representantes de entidades feministas, de mulheres, movimentos sociais de juventude, movimento LGBT, e de entidades sindicais.

A etapa nacional está convocada para 18 a 20 de maio deste ano.

Em 2007, o PCdoB realizou sua primeira conferência nacional, mobilizando mais de 10 mil filiados em todo o Brasil e cerca de 800 pessoas em Goiás.

Nos marcos de seus 90 anos e dos 80 anos da conquista do voto feminino, o PCdoB é o único partido político a convocar homens e mulheres para discutir a situação da mulher na sociedade, conforme as Resoluções de seu Comitê Central.

Em vários municípios estão sendo realizadas debates do documento base que aborda questões e entraves à emancipação das mulheres, aprofunda as reflexões teóricas sobre os caminhos percorridos pelas mulheres na construção de sua emancipação e identifica na situação vivida por elas nos dias de hoje os aportes necessários para o avanço rumo à igualdade e à equidade de gênero.

O documento se baseia nos dados sociais. No Brasil, as mulheres representam 51,3% da população brasileira e hoje avançam em relação à população ocupada ou à procura de emprego. Mas o acesso a profissões qualificadas ainda é dificultado para as brasileiras. O trabalho informal é maior para elas, a dupla jornada de trabalho também, a média de dedicação em casa é de 18, 3 horas semanais, enquanto os homens que se dedicam aos afazeres domésticos somam 4,3 horas semanais.

A experiência histórica indica que as conquistas das mulheres só se dão em período de expansão democrática, sob pressão das próprias mulheres, contando com o apoio do pensamento avançado da sociedade.

Participação das mulheres na política
A inclusão da mulher na política é parte essencial da construção democrática e dever do Estado e da sociedade. Há 80 anos mulheres garantiram o direito fundamental de participar da democracia no país, o voto feminino.

Apesar de elegermos uma mulher à presidência do Brasil, os espaços de poder político ainda são ocupados por homens, dos 513 deputados federais eleitos, somente 45 são mulheres. O PCdoB é o partido que registra maior participação feminina, com seis deputados num total de 14 parlamentares comunistas. Das 26 capitais do Brasil, apenas duas prefeituras são administradas por mulheres.

O Governo Lula tirou da miséria 21,8 milhões de pessoas. Entretanto, segundo estudos do IPEA, a brecha entre ricos e pobres se reproduz há 25 anos: metade da renda total do Brasil está nas mãos dos 10% mais ricos do país, e os 50% mais pobres dividem entre si, apenas 10% da riqueza nacional (Beto, 2010).

Um triste exemplo da miséria é que nos próximos 10 minutos, dez mulheres no mundo vão morrer durante o parto e 210 crianças menores de cinco anos morrem de doenças facilmente curráveis, e uma análise mais profunda aponta que elas morrem por serem pobres.

Todos estes fatos levam a crer que a luta da emancipação da mulher é tarefa de todos.