Burguesia venezuelana propõe modelo antipatriótico, diz Jaua
O vice-presidente da Venezuela, Elias Jaua, disse sexta-feira (11) que o oposto do processo revolucionário seria "a restituição do modelo antipatriótico da burguesia venezuelana", e que, por isso, é importante que a revolução transceda a geração atual.
Publicado 11/05/2012 16:44
Ao ser entrevistado no programa Diálogo Con, transmitido pela Televen, o também ministro da Agricultura e Terras disse que a presença da revolução não significa uma ausência de oposição ou a imposição de um modelo.
Ele disse que a revolução "sempre defendeu a batalha de ideias, a possibilidade de continuar a construir um país que inclua todos. Trata-se do poder popular, da transferência de competências ao povo, enquanto o programa da MUD (Mesa da Unidade Democrática) é o oposto. "
Na Venezuela, "há debate e livre jogo de ideias, há liberdade para organizar partidos políticos e a prova é que a oposição tem espaços. (Henrique) Capriles alcançou o governo de Miranda em eleições democráticas. (A oposição) também tem uma fração parlamentar" na Assembleia Nacional, disse.
O vice-presidente salientou que a Revolução Bolivariana é um modelo inclusivo, que garante o acesso dos cidadãos aos direitos básicos, por meio de transferência direta de poder para o povo, enquanto a direita encarna o modelo capitalista, que levou o país a uma grave crise na década de 1990 e abriu o fosso entre ricos e pobres na Venezuela.
"A sociedade está dividida em classes e quem dividiu a sociedade entre ricos e pobres não fomos nós, foi a quarta república. Nós demonstramos com o modelo socialista que é possível a inclusão social, que os pobres não têm que ser pobres e estarem condenados a não ter saúde ou educação ", acrescentou.
Ele acrescentou: "Estamos em nossa tarefa permanente de governar e desenvolver políticas para continuar baixando os indicadores de pobreza na Venezuela e, na arena política, estamos preparando nossa maquinaria e nossas organizações sociais para converter esses 60% de intenção de voto de nosso presidente nas pesquisas em votos reais, e, como Estado, assegurar essas eleições (em 7 de outubro), em um clima de paz. "
Fonte: Agencia Venezolana de Noticias