Pasok também não consegue formar governo na Grécia

O líder do Movimento Socialista Pan Helênico (Pasok), Evangelos Venizelos, renunciou nesta sexta-feira ao encargo de formar um novo governo para a Grécia, após fracassar em suas tratativas com outras formações políticas, o que deixa o país diante de uma nova eleição parlamentar, a ser convocada em breve.

Antes dos sociais-democratas liderados por Venizelos, também tentaram formar o governo os líderes dos partidos mais votados na eleição de 6 de maio passado, Antonis Samaras, líder do direitista Nova Democracia (ND) e Alexis Tsipras, líder da esquerdista Coalizão da Esquerda Radical (Syriza). Nos dois casos as negociações terminaram sem êxito.

O Pasok, de cunho social-democrata e que defende soluções neoliberais para o país, assim como os trabalhistas britânicos, socialistas franceses e espanhóis, indicou nesta sexta que desistiu do encargo e Venizelos informará ao presidente grego, Karolos Papoulias, o fracasso da missão

Resta a Papoulias fazer um último chamamento a todas as formações eleitas para o parlamento na última eleição que, se não der certo, significará que em semanas os gregos voltarão às urnas mais uma vez para tentar superar o impasse.

O Syriza reiterou nesta sexta seu rechaço a tomar parte de uma coalizão de governo na Grécia junto aos dois partidos majoritários.

Tsipras argumentou, após sua reunião com Venizelos, que o compromisso de austeridade pactuado pelos dois maiores partidos gregos com a União Europeia é o grande obstáculo para formar parte do executivo.

"O memorando [com a União Europeia] não foi repudiado pelo Syriza, mas sim pelo povo grego", declarou Tsipras, em relação à queda do apoio eleitoral registrada pelo ND e pelo Pasok nas eleições do último domingo, em contraste com o aumento das forças que se opõem às políticas draconianas de "austeridade".

"Essas políticas foram recusadas pelo povo grego e ninguém tem direito a aplicá-las, sob nenhuma forma de governo", disse o jovem político.

Com informações do jornal Gara