Comitê faz caminhada contra a violência sexual

O Comitê Piauiense de Enfrentamento à Violência Sexual de Crianças e Adolescentes realiza, nesta sexta-feira (18), uma Caminhada em Defesa da Vida e Contra a Violência Sexual de Crianças e Adolescentes. A saída acontece às 16h, ao lado do Shopping Riverside. O percurso se encerra na Ponte Estaiada.

A caminhada é em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e a Exploração Sexual contra crianças e adolescentes, comemorado em 18 de maio. Após o evento, haverá ato público seguido de apresentação artística. A Secretaria de Estado da Saúde é um dos órgãos que integram o comitê.

O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infanto-juvenil foi instituído pela Lei 9.970. A data lembra a morte da menina Araceli Cabrera Sanches, então com oito anos, sequestrada em 18 de maio de 1973. Ela foi drogada, espancada, estuprada e morta por membros de uma tradicional família capixaba. Por conta disso, poucos, entretanto, foram capazes de denunciar o fato. O silêncio da sociedade capixaba acabaria por decretar a impunidade dos criminosos.

A Vitória daquela época era uma cidade marcada pela impunidade e pela corrupção. Ao contrário do que se esperava, a família da menina silenciou diante do crime. Sua mãe foi acusada de fornecer a droga para pessoas influentes da região, inclusive para os próprios assassinos.

A data foi criada em 1998, quando cerca de 80 entidades públicas e privadas, reuniram-se na Bahia, para o 1º Encontro do Ecpat no Brasil. Organizado pelo Cedeca/BA, representante oficial da organização internacional que luta pelo fim da exploração sexual e comercial de crianças, pornografia e tráfico para fins sexuais, surgida na Tailândia, o evento reuniu entidades de todo o país. Foi nesse encontro que surgiu a ideia de criação de um Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual Infanto-Juvenil.

De autoria da então deputada Rita Camata (PMDB/ES), presidente da Frente Parlamentar pela Criança e Adolescente do Congresso Nacional, o projeto foi sancionado em maio de 2000.

Desde então, a sociedade civil em Defesa dos Direitos das Crianças e Adolescentes promovem atividades em todo o país para conscientizar a sociedade e as autoridades sobre a gravidade da violência sexual.