Professores da UNB decidem greve nesta sexta
Em assembleia na manhã desta quarta (17), os professores da Universidade de Brasília (UnB) decidiram votar na sexta (18) se iniciam uma nova greve este ano. O presidente da Associação dos Docentes da UnB (Adunb), Ebnezer Nogueira, disse que os docentes estão atendendo à pauta de reivindicações da Associação Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes). Eles pedem a reestruturação do plano de carreira dos professores universitários.
Publicado 17/05/2012 11:24 | Editado 04/03/2020 16:41
No dia 15, o Decanato de Gestão de Pessoas (DEP) garantiu o reajuste real de 4% a profissionais com ensino superior, básico, técnico e tecnológico da instituição. O aumento será incluído na folha de pagamento do próximo mês e deve ser retroativo a março.
O reajuste é fruto de negociação da Andes com o governo federal no fim de 2011 e foi garantido por meio da Medida Provisória (MP) 568, assinada pela presidente Dilma Rousseff em 11 de maio. A MP incorpora ao vencimento básico dos professores a Gratificação Específica do Magistério Superior (Gemas), reivindicação antiga da categoria, além de reajuste da Retribuição por Titulação da Carreira do Magistério Superior (RT), outra gratificação que compõe o salário dos professores universitários.
Técnicos
A Medida Provisória substitui o Projeto de Lei 2.203/2011, enviado ao Congresso em agosto do ano passado, com a reestruturação de cargos, planos de cargos e carreiras, além de tabelas remuneratórias. De acordo com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, quase 940 mil servidores serão beneficiados.
A medida não garante, porém, o aumento para servidores técnico-administrativos. Uma das principais reivindicações da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra) é o reajuste salarial de 22%, com reposição da inflação de 2010 e 2011. O prazo máximo definido pela Fasubra para a negociação com o governo é 31 de maio. Se as reivindicações não forem atendidas, os servidores ameaçam deflagrar greve geral.
Servidores técnico-administrativos de todos os estados pretendem estar em Brasília hoje e organizar plenárias na sexta e no sábado para discutir o movimento. Na UnB, os servidores se reuniram em assembleia na manhã desta quarta-feira para organizar a marcha de hoje. Eles também buscam a flexibilização da jornada de trabalho para seis horas diárias e aguardam a realização do plebiscito, marcado para 29, 30 e 31 maio, para decidir sobre a paridade dos votos na eleição para reitor da universidade este ano.