Comunidades mineiras do Chile têm protestos populares

Comunidades mineiras do Chile serão epicentro de um dia de protesto popular, nesta sexta (18), contra um projeto de financiamento para essas cidades impulsionado pelo governo.

Lideranças de cerca de trinta dessas localidades, situadas em sua maioria na parte setentrional do país,  convocaram o Executivo a substituir o chamado "Fundo de Desenvolvimento do Norte (Fondenor)" por uma nova proposta que garanta recursos permanentes das tributações mineiras para as zonas produtoras de cobre.

O projeto, que ingressou no Congresso faz duas semanas, contempla a distribuição de 225 milhões de dólares, até o ano 2025, entre 40 comunidades mineiras.

"Pedimos um verdadeiro fundo porque o apresentado é um insulto a nossa inteligência", afirmou Esteban Velázquez, prefeito de Calama, capital mineira do Chile e da América do Sul.
"Não podemos ficar de braços cruzados sem ter uma compensação em razão dos milhares de milhões de dólares que geramos", destacou Velázquez.

Segundo ele, nos últimos cinco anos, os calamenhos geraram mais de 15 bilhões de dólares em utilidades e o que receberão através de Fondenor é "uma migalha".

Em Calama, foi gestada a convocação à mobilização deste dia, o terceiro dos três dias sucessivos de protesto no Chile.

Na quarta-feira, o movimento estudantil voltou a encher as ruas do Chile reivindocando uma educação pública e gratuita e ontem os trabalhadores do cobre protagonizaram manifestações em divisões da estatal Codelco (Corporação Nacional do Cobre) e em mineiras privadas contra a precariedade e insegurança trabalhista.

"Nesta sexta-feira, não só Calama vai manifestar seu descontentamento; muitas outras comunidades também se somarão a este chamado", asseguram dirigentes sociais. "O dia de protesto decorrerá ao longo do dia com marchas, concentrações, caravanas de veículos e panelaços noturnos", informaram seus organizadores.

Fonte: Prensa Latina