Bomba é encontrada em teatro argentino onde Uribe discursará

A Polícia Federal da Argentina localizou nesta terça (22) duas pequenas bombas, de 5 centímetros, no Teatro Gran Rex, em Buenos Aires, um dia antes de Alvaro Uribe, ex-presidente da Colômbia, discursar no local. As bombas estavam escondidas em um dos holofotes que iluminam o teatro e, segundo policiais, sua detonação seria acionada por meio de um telefone celular.

O edifício, localizado na Avenida Corrientes, uma das principais da capital argentina, foi evacuado para investigação. Uribe está na Argentina para uma série de quatro compromissos.

O porta-voz da Polícia Federal da Argentina, Néstor Rodríguez, disse que as bombas foram encontradas em uma caixa de papelão. Segundo ele, pelas análises dos peritos, as bombas estavam programadas para explodir por volta das 16h20 de ontem.

De acordo com Rodríguez, as investigações policiais incluem avaliações de imagens feitas pelas câmeras de segurança dispostas em áreas estratégicas do teatro. "Tudo está nas mãos do juiz e da polícia, por intermédio das áreas de investigação e operacional", disse.

O juiz federal argentino Norberto Oyarbide afirmou que as consequências de um atentado provocado pela bomba encontrada, seriam similares às registradas na maior tragédia do futebol argentino, em 1968, quando 71 torcedores do River Plate morreram enquanto tentavam sair do estádio.

“Por sorte de Deus, as conseqüências não se concretizaram”, afirmou o magistrado, em coletiva.
Sem precisar nomes além da referência ao ex-presidente colombiano, Oyarbide, juiz designado para investigar o caso, classificou a ocorrência como “muito grave” e afirmou que a Justiça argentina já solicitou à Embaixada da Colômbia no país a lista de convidados para o evento.


Uribe deixou o comando da Colômbia em 2010, depois de implantar uma gestão marcada pela violência. Denúncias de que o governo teria ligações com o narcotráfico e com grupos paramilitares são constantes. 

Manifestantes haviam convocado para esta quarta-feira uma manifestação contra a presença do ex-presidente colombiano em Buenos Aires.

Com agências