Grupos armados minam plano de Annan para a Síria

Grupos armados apoiados por forças estrangeiras continuaram hoje suas ações violentas para minar o plano do enviado da ONU, Kofi Annan, para encontrar uma saída política à crise síria.

Em uma região de Homs, 162 quilômetros ao norte de Damasco, seis pessoas morreram na explosão de uma bomba no bairro sul da cidade de Rableh em Al-Qseir, disseram autoridades.

O artefato, colocado em frente a uma casa, causou a morte do cidadão Iussef Eirouti, de seus três filhos e outras duas pessoas que estavam no imóvel.

Enquanto isso em Alepo, 350 quilômetros ao norte de Damasco, dois menores faleceram e outras duas pessoas ficaram feridas por disparos dos grupos armados, qualificados pelas autoridades como terroristas.

No sul do país, na província de Daraa, as autoridades encontraram um automóvel com armas, entre elas um rifle, três artefatos explosivos, duas granadas de mão e uma câmera de vídeo, e além disso desativaram uma bomba de 25 quilogramas armada por ditos grupos.

A agência de notícias síria SANA informou a morte de vários terroristas durante a explosão de um artefato no povoado de Freika, em Jabal Al-Zawiya, na província de Idleb.

Apesar do auge da violência promovida pelos grupos, as equipes de observadores internacionais percorreram nesta sexta-feira (25) várias zonas de Damasco, a localidade de Maadamiyeh, lugares na cidade de Deir Ezzor e Alepo, onde puderam verificar as ações dirigidas a destruir a iniciativa de Annan.

Em relação à violência no país, a Sana cita nesta sexta-feira relatórios de imprensa que revelam que o governo do presidente estadunidense Barack Obama está preparando um plano para ajudar os grupos armados através de aliados árabes.

A fonte citada indica que os estadunidenses pretendem fornecer equipamentos bélicos mas, segundo eles, tentando evitar que as armas terminem nas mãos da Al-Qaida ou outros supostos grupos "extremistas" como o Hezbolá, que poderiam "apontá-las" a Israel.

Assim mesmo, um alto oficial da inteligência estadunidense, segundo a Sana, disse saber da ocorrência de ataques da Al-Qaida na Síria, algo que, aparentemente, não lhes preocupa, pois o objetivo, apontou, é criar mais caos no país.

Fonte: Prensa Latina