UNE apoia greve dos estudantes e professores da UnB

Desde quinta-feira à tarde, os estudantes da UnB estão em greve em solidariedade à paralisação dos professores, que começou no último dia 17. Tanto na quinta como na sexta-feira, os estudantes passaram o dia em assembleias para definir a questão.

Para o presidente da UNE, Daniel Iliescu, presente nas primeiras reuniões juntamente com outros 500 estudantes, torna-se fundamental agregar ao debate do movimento grevista, o projeto da universidade brasileira que queremos construir.
“A UNE apoia a greve e é solidária à luta dos professores por um plano de carreira e por melhores salários, ao passo que o movimento passa a ser importante também para conseguirmos mais qualidade e eficiência no processo de reestruturação e expansão das universidades, com a valorização do professor, mais recursos pra assistência
estudantil e ampliação das bolsas de pesquisa e extensão’’, afirmou.

A assembleia estudantil que definiu a greve teve cerca de 600 participantes. Os estudantes declararam não só apoio à greve dos professores, mas também a necessidade de debater a universidade e suas precariedades. Entre as reivindicações estudantis estão a necessidade da ampliação da assistência estudantil, o término das obras iniciadas pelo processo de expansão da universidade e o investimento de 10% do PIB e 50% do fundo social do pré-sal para a
educação, a fim de resolver o problema do financiamento das universidades.

A diretora de Universidades Públicas da UNE, Carina Vitral, reforça a posição das entidades estaduais. Para ela, o movimento dos professores merece todo apoio da entidade. “Essa greve surge num período em que as universidades federais passam por vários problemas de estrutura devido às diversas ampliações realizadas, portanto é importante pressionar o governo por mais investimentos na educação”, disse.
O movimento em busca de maior adesão a greve dos estudantes e professores continua hoje na UnB.
Luiz Aparecido, para o Vermelho-DF