Vazamento de gás na Estrutural se alastra

O caso da Escola Classe 1, que precisou ser interditada pela Defesa Civil devido ao forte cheiro de gás proveniente das infiltrações do lixão da Estrutural, revelou um problema crítico na região administrativa: as construções próximas afetadas pelo depósito inaquedado de resíduos sólidos.

Na escola, o temor de uma explosão devido ao gás fez com que todas as crianças e profissionais de ensino precisassem ser transferidos do local. Mas o que acontece com as demais construções que já foram levantadas na Estrutural, sem seguir qualquer critério de impacto ambiental?

Para o doutor em Meio Ambiente e Gestão Ambiental da Universidade Católica de Brasília (UCB), Genebaldo Freire, a situação chegou a um ponto crítico. Por mais de 20 anos, o Lixão da Estrutural recebe resíduos de todo o Distrito Federal. Nesse meio tempo, todo o chorume produzido pelos resíduos foi se infiltrando no solo. Com isso, vieram também os perigos dos gases tóxicos, como o metano.

“É mais um exemplo da incompetência gerencial quando se fala nas normas ambientais do DF. Chega ao ponto de ser uma ignorância extrema autorizar uma construção nesse local. Prova de um  analfabetismo ambiental”, disparou o especialista.