Desemprego nos Estados Unidos volta a crescer

Pela primeira vez desde junho de 2011, o desemprego nos Estados Unidos voltou a crescer. O índice divulgado pelo Departamento de Trabalho subiu um décimo e se encontra e 8,2% e maio.

Houve também uma forte desaceleração na geração de empregos. No primeiro trimestre, a média foi de 226 mil trabalhos gerados por mês. Em maio, caiu para apenas 69 mil – quando a previsão era de 150 mil. Trata-se da medida mais baixa desde exatamente o mês de maio de 2011.

O levantamento do Departamento de Trabalho do EUA também destacou o crescimento dos desempregados de "longa duração". Ela abriga as pessoas que estão sem qualquer atividade por mais de 26 semanas. Essa parcela aumentou de 5,1 milhões para 5,4 milhões no quinto mês do ano, e representa 42,8% do total de desempregados.

Em maio, o setor privado foi responsável pela criação de 82 mil postos de trabalho, enquanto o setor público reduziu a mão-de-obra empregada em 13 mil vagas, principalmente pelo corte de gastos nas administrações regionais.

A estatística de criação de empregos opera em uma estatística diferente da medição do desemprego, já que leva em conta o número de contratações em uma amostragem de 486 mil estabelecimentos. O desemprego é medido pelo número de pessoas que cobra o seguro de desemprego e estão procurando ativamente um novo trabalho.

O nível de contratações no setor de construção civil caiu pelo quarto mês consecutivo com uma redução de 28 mil postos de trabalho em maio. Por sua vez, o setor manufatureiro foi responsável pela abertura de 12 mil novos postos.

Entretanto, o setor manufatureiro cresceu em maio no ritmo mais lento em três meses, na medida em que um mercado exterior conturbado prejudicou a demanda para exportações norte-americanas, segundo avaliação realizada pelo instituto Markit, que elabora o chamado Índice de Gerentes de Compras.

O índice final ficou em 54,0 em maio, acima da leitura preliminar de 53,9, mas abaixo da leitura de abril de 56,0. No geral, entretanto, a manufatura nos Estados Unidos cresceu pelo 32.º mês consecutivo.

Fonte: Opera Mundi