Hipocrisia: EUA condenam fornecimento de armas russas à Síria

Em uma demonstração inequívoca de hipocrisia, a secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, condenou nesta sexta-feira (1º/6) a Rússia pelo fornecimento de armas ao governo do presidente sírio Bashar al-Assad, ao mesmo tempo que seu país fornece armas e informações militares para os terroristas que têm cometido ataques sucessivos no país árabe.

Hillary tentou contra-atacar discurso recente de Vladímir Pútin, que afirmou que não vende armas para serem usadas em guerra civil da Síria.

"Sabemos que houve um comércio regular de armas, inclusive durante o ano passado, da Rússia para a Síria. Também acreditamos que o fornecimento contínuo de armas da Rússia fortaleceu o governo de Assad", insistiu Hillary em uma entrevista coletiva à imprensa em Oslo.

Os Estados Unidos têm fornecido armamento de forma indireta aos terroristas que atacam a população civil na Síria. Em 8 de maio a ONU denunciou o fornecimento de armas aos supostos rebeldes sírios, que usavam o território do Líbano para contrabandear armas para os terroristas na Síria.

No dia 28 de abril, a Marinha libanesa interceptou três contâineres repletos de armas destinadas aos rebeldes sírios em um barco procedente da Líbia. A carga incluía armas pesadas, como lança-foguetes e metralhadoras, segundo um alto funcionário da segurança.

"O que observamos na região e uma dança da morte que está a ponto de se transformar em guerra". "Se observarem a Síria (…) ela nos lembra a situação no Líbano e nos países vizinhos nos anos 70…", destacou Terje Roed-Larsen, o enviado especial das Nações Unidas para o Oriente Médio.

No início de maio, fontes militares ocidentais garantiram às agências de notícias que os "rebeldes" sírios receberam suas primeiras armas de "terceira geração" anti-tanque. Elas teriam sido fornecidas pela Arábia e agências de inteligência do Catar, em seguida a um memorando secreto emitido pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, aconselhando-os a se prepararem na participação militar no esforço para derrubar o presidente sírio Al-Assad.

Do Portal Vermelho, com agências