Situação na Síria é complexa às vésperas de debate na ONU

A situação na Síria está cada vez mais complexa às vésperas do debate que se realizará na quinta-feira (7) da Assembleia Geral da ONU, da qual participarão muitos dos que se opõem ao plano do enviado especial, Kofi Annan.

Recentes decisões da Liga Árabe de suspender a radiodifusão dos canais locais via satélites Arabsat e Nilesat, acrescentaram um novo ingrediente à campanha contra a Síria, ao mesmo tempo em que revelaram os desejos de alguns de justificar a intervenção militar externa sob a cobertura da ONU.

Governo, Parlamento e mais recentemente a União de Jornalistas Árabes condenam a medida, que é parte da agressão contra este povo e chamam seus autores a reconsiderá-la.

Esta decisão contraria a liberdade de expressão e impede a chegada dos meios de comunicação sírios à opinião pública árabe e mundial, ao mesmo tempo favorecendo a difusão de mentiras por parte de canais baseados na agressão midiática e na tergiversação da realidade síria, considerou a União de Jornalistas.

Soma-se a tudo isso o aumento das ações de violência dos bandos armadas, qualificados de terroristas pelas autoridades de Damasco, que nos últimos dias mataram dois generais de brigadas e sequestraram mais um, entre outras vítimas militares e civis.

Um dos oficiais assassinado levava sua filha à escola, quando um grupo terrorista detonou uma bomba que tinha colocado debaixo de seu carro, uma forma de operação característica desses grupos.

Isso é apenas uma mostra da infinidade de ações atribuídas aos bandos armados, que também nos últimos dias sofreram fortes golpes do governo contra suas bases de operações e a apreensão de grandes quantidades de material bélico, que é fornecido por países vizinhos.

Enquanto a situação se torna mais complexa, prosseguem no exterior as manobras de alguns atores, uns dispostos a apoiar uma solução política através do plano de Annan e outros querendo fazer de tudo para que essa iniciativa fracasse.

Prensa Latina