Ceará incentiva produção de energia limpa
O Ceará é conhecido como a Terra da Luz. Mas também pode ser considerado a terra dos ventos e das marés quando o quesito é o uso de fontes alternativas de energia. O Estado tem usinas eólicas, solar e das marés que, somadas, produzem atualmente em torno de 524 MW (Mega Watts) de energia limpa.
Publicado 11/06/2012 22:53 | Editado 04/03/2020 16:29
Este número será dobrado já neste ano, quando 542 MW do leilão de energia eólica realizado em 2009 estiverem implementados, fechando o ano em mais de 1060 MW , representando mais de 66% de toda a energia consumida no Ceará atualmente, em torno de 1600 MW.
Boa parte desta fonte renovável vem da energia eólica. Foram investidos cerca de R$ 2 bilhões para implantar os 17 parques em solo cearense que geram 518,9 MW, colocando o Ceará em primeiro no ranking em potência instalada oriunda da energia dos ventos. O Estado é líder neste mercado, com 35% da potência nacional, segundo dados da Associação Brasileita de Energia Eólica (ABEEolica).
A Usina Fotovoltaica de Tauá, inaugurada no ano passado, gera atualmente 1 MW de energia mas possui potencial para chegar a 50 MW e representa o início desta nova fonte que o Ceará possui, com incidência dos raios superior à média nacional. Para incentivar o uso desta fonte alternativa o Ceará lançou no ano passado o Atlas Solarimétrico, com dados produzidos pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).
O Ceará também é pioneiro na produção de energia das marés. No Porto do Pecém, em São Gonçalo do Amarante, funciona uma usina com força das ondas. O protótipo, apesar de gerar pouca energia, 100 KW (o suficiente para o consumo de 60 famílias) é o primeiro da América Latina. O Estado do Ceará cedeu o espaço para a pesquisa que poderá representar novos investimentos e mais geração de energia limpa no futuro.
A usina de ondas será apresentada oficialmente durante a Rio + 20. A energia produzida pela movimentação de boias flutuadoras gera energia, que aciona bombas, gerando a energia acumulada em baterias. A constância das marés existente no Estado propicia um aproveitamento melhor do que a implantação de equipamento semelhante em locais com ondas mais altas, porém mais inconstantes.
Saiba mais
– A energia gerada pela energia das marés será consumida no próprio porto;
– A expectativa é chegar ao ano de 2014 com mais de 1200 MW de energia oriunda de fontes renováveis;
– Ao contrário do que se pensa a energia produzida em um estado não é, necessariamente, consumida no mesmo. Indústrias e empresas compram esta energia em leilões;
– O estoque de energia é gerenciado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Fonte: Seinfra