Síria pede objetividade da ONU e nega que país viva guerra civil
O Ministério de Assuntos Exteriores e Imigrantes da Síria pediu objetividade à ONU e manifestou estranheza pelas declarações de altos funcionários dessa organização, que declarou, nesta quarta-feira (13), a existência de uma guerra civil no país.
Publicado 13/06/2012 10:58
Declarações do Subsecretário Geral da ONU para Operações de Paz, Ladsous Herve, sustentam que a situação na Síria chegou ao limite de uma guerra civil de grane escala, o que contradiz as recentes afirmações da missão de observadores internacionais em Damasco, como sustenta a Prensa Latina.
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“A Síria esperava e segue esperando que os funcionários da ONU, em particular Ladsous, tratem com objetividade, imparcialidade e precisão os atuais acontecimentos na Síria, sobretudo depois da instalação da equipe de observadores internacionais na maioria das províncias da Síria”, acrescenta uma declaração da Chancelaria.
O texto aponta ainda que “falar de uma guerra civil na Síria não reflete a realidade e contrasta com as tendências do povo sírio, porque o que está acontecendo no país é uma guerra contra grupos armados que haviam escolhido o terrorismo como caminho para atingir metas”, aponta o texto.
“A Síria não está vivendo uma guerra civil, mas um luta para erradicar o flagelo do terrorismo e acabar com os assassinatos, sequestros, atentados, assaltos e atos de sabotagem com as instituições do Estado e empresas públicas e privadas entre outros crimes”, segue o texto.
Compromisso com Plano Annan
Nesta quarta (13), a Síria reafirmou seu compromisso com o plano do enviado especial da ONU, Kofi Annan, e ressaltou seu direito de preservar o povo de ações de grupos que atentam contra sua segurança e estabilidade.
De acordo com um porta-voz da Chancelaria do governo sírio, o entendimento assinado entre o governo e a ONU em 19 de abril estabelece o direito de preservar o povo de ações de grupos que atentem contra sua segurança e a ordem pública.
O porta-voz disse ainda que “o governo sírio esclarece que não faz mais do que exercer seu papel e assumir suas responsabilidades de manter a segurança de seus cidadãos”.
Imprensa Ocidental
No entanto meios de comunicação ocidentais insistem que por causa dos ataques de grupos armados com intenção de desestabilizar o país, a Síria enfrenta uma guerra civil. A situação revela mais uma vez que se conflagra um plano para justificar uma intervenção internacional.
Mas, essa mesma imprensa não mostra o enfrentamento das autoridades a bandos apoiados com armas e logísticas do exterior.
Nesta quarta (13), de acordo com informações da AFP, o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, acusou os Estados Unidos de abastecer de armas os rebeldes sírios, ao falar em uma coletiva de imprensa realizada na capital iraniana Teerã.
"Os Estados Unidos abastecem de armas a oposição, armas que são utilizadas nos combates contra o governo sírio", afirmou.
Com Prensa Latina