Para Chávez, com o golpe no Paraguai "começou a repressão"
“O governo venezuelano não reconhece esse ilegal e ilegítimo governo que se instalou em Assunção. Foi um golpe da burguesia paraguaia, que freia não só o processo de mudança no Paraguai, mas também divide os governos, os povos das nações sul-americanas”, afirmou o presidente Hugo Chávez.
Publicado 23/06/2012 14:35

Chávez disse que conversou com os presidentes dos países do Mercosul, Dilma Rousseff, Cristina Kirchner (Argentina) e José “Pepe” Mujica (Uruguai) e o agora ex-presidente Fernando Lugo antes da votação do impeachment. “Fizemos o possível, respeitando a soberania paraguaia. Lugo, com coragem e dignidade, preferiu o sacrifício. Não permitiram que se defendesse”, lamentou o líder venezuelano.
Declarou ainda que o ocorrido no Paraguai deve servir como uma “lição” para a América Latina. “Já começou a repressão”, sublinhou. Ele contou que os acontecimentos no Paraguai o lembraram da tentativa de golpe sofrida em abril de 2002: “Vendo as cenas me lembrei de quando estava na prisão e via na televisão a burguesia gritando ‘democracia!’. Foi igual em Assunção.”
O golpe em Honduras também foi recordado pelo presidente. “Mais uma vez a Unasul (União das Nações Sul-Americanas) foi golpeada, como no golpe contra Zelaya (Manoel). Não foi somente contra ele, ou Honduras, mas contra a Unasul”.
Com informações do Opera Mundi