Armas clandestinas chegam fácil ao DF

Deixar o País de forma legal para retornar na ilegalidade é o principal mecanismo que alimenta o tráfico de armas e municia os criminosos do Distrito Federal.

Revólveres e pistolas figuram em cerca de 90% dos registros de homicídios por emprego de arma de fogo.
Os armamentos percorrem mais de dois mil quilômetros até chegar à capital da República. As vias de entrada e a forma de transporte são alvo de investigações, fruto de uma parceria entre e a Secretaria de Segurança do DF e a Polícia Federal.
Ao contrário do tráfico de drogas – onde boa parte da maconha consumida no DF é importada do Paraguai –, as armas curtas que chegam a cidades como Ceilândia e Samambaia – líderes em homicídios provocados por armas de fogo – são produzidas no Rio Grande do Sul, por duas empresas especializadas no ramo. Com alto preço, os armamentos são exportados para o Paraguai.
Só que comprar armas no país portenho é fácil e barato. “É só atravessar a fronteira que homens te oferecem a compra de armas no meio da rua”, afirmou o chefe da Delegacia de Proteção a Crimes Contra o Patrimônio (Delepat) da PF, delegado Caio Bortone.