Chávez "A independência é o bem mais preciso que temos"

Independência, mais que um termo teórico, é hoje um conceito chave com projeções concretas na vida política, econômica e social da Venezuela, cuja continuidade está em jogo nas próximas eleições presidenciais, afirmou o presidente Hugo Chávez.

Não em vão o mandatário reitera em cada ato de campanha a vital importância de manter e fortalecer a independência nacional, "o bem mais precioso que temos reconquistado após 200 anos", afirma.

Defender, expandir e consolidar este bem lideram os cinco objetivos históricos propostos por Chávez em seu programa para o período 2013-2019, apresentados pelo mandatário em junho, quando se registrou como candidato à reeleição ante o Conselho Eleitoral Nacional.

Atualmente essa proposta se debate nos diferentes setores desta nação sul-americana, a fim de que o povo estude-a e emita seus critérios e propostas.

Por que a ênfase na independência? Chávez explica no texto: dela depende a irreversibilidade da soberania nacional e a continuidade do processo revolucionário.

Em recente ato multitudinário em Barcelona, capital do oriental estado Anzoátegui, o presidente destacou que, de cara as eleições, alguns podem estar descontentes e criticar com razões, mas isso não significa que votem pela oposição e apoiem à burguesia, porque "isso é traição, não se deixem confundir", alertou.

Chávez destacou que o povo venezuelano tem adquirido um bom grau de maturidade e consciência, o qual lhe fará distinguir entre os dois projetos eleitorais: o da Pátria, proposto pelo mandatário, ou a entrega do país à oligarquia e às transnacionais, pretendido pela direita opositora." O fundamental é manter a independência, um termo que  tem projeções concretas.", destacou.

Pôs como exemplo a recuperação por parte do Estado venezuelano, cinco anos atrás, da Faixa Petrolífera do Orinoco, a maior reserva mundial de petróleo. "Isso é independência", afirmou.

Isto tem permitido que o país cobre hoje das empresas que trabalham nessa zona 33% por conceito de regalias petroleiras e 50% por impostos sobre a renda, dinheiro que tem possibilitado elevar o orçamento nacional.

Nestes cinco anos, disse, recuperaram-se para o país 350 bilhões de dólares que, de outro modo, se tivessem ido a mãos da burguesia e das transnacionais, como antes ocorria, em troca só de pírricos pagamentos. "Se o candidato da burguesia triunfasse a Faixa seria entregue novamente às transnacionais do capitalismo mundial."

No entanto, disse Chávez, nós temos recuperado a soberania petrolera, política, econômica, monetária e fiscal, e não dependemos do Fundo Monetário Internacional nem do Banco Mundial, instituições que têm sumido a Europa em graves crises com nefastas consequências para seus povos.

Em contraste, apontou, o governo venezuelano impulsiona grandes projetos sociais e vai por maior expansão em investimentos, programas de saúde, educação, moradias, serviços públicos, incremento de pensões e desenvolvimento de missões.

Tudo isto se conseguiu pela "independência e soberania na munutenção dos principais recursos do país e do rendimento nacional", reiterou o mandatário.

É por isso que a proposta de gerenciamento do governo para os próximos seis anos enfatiza na consolidação da independência política, a identidade nacional e nuestroamericana, e o avanço no contexto de uma audaz geopolítica internacional que conduza a Venezuela para a plena independência econômica.

Fonte: Prensa Latina