Síria acusa estrangeiros; mercenários fazem execuções sumárias

O presidente sírio, Bashar Al Assad, disse hoje (1º) que há agentes internos que ajudam "inimigos estrangeiros a desestabilizar o país". Desde março de 2011, oposicionistas ao governo insistem na renúncia de Assad em defesa de mais liberdade política e do fim das violações de direitos humanos. Em Aleppo, mercenários assassinam prisioneiros.

"As Forças Armadas travam uma batalha heroica e crucial, da qual depende o destino do nosso povo e da nossa nação, porque o inimigo está hoje entre nós, utilizando agentes internos como meio para desestabilizar a pátria, a segurança dos cidadãos e explorando os nossos recursos econômicos e científicos", disse Assad. Ele disse que as Forças Armadas são o "escudo da pátria" contra "conspirações de bandos de criminosos e terroristas". “O Exército é motivo de orgulho e um defensor das causas justas”.

Segundo o presidente, o povo sírio provou não se deixa "domar" facilmente pelos "enredos" estrangeiros. "Quiseram confiscar do povo a decisão, mas foram surpreendidos por um povo orgulhoso que desafia seus planos”, ressaltou ele.

Mercenários fazem execuções sumárias em Aleppo

Imagens de um vídeo mostrando uma suposta execução de quatro homens das tropas oficiais sírias, e pilhas de corpos de soldados do governo em uma estação policial sugerem que os mercenários anti-governo estão realizando execuções sumárias na Síria.

O vídeo no YouTube mostra quarto supostos milicianos sendo levados para um pátio lotado antes de uma prolongada série de disparos começar enquanto pessoas cantavam “Deus é Maior”. Enquanto a fumaça subia, uma pilha de corpos amontoados podia ser vista ao lado da parede.

A execução pareceu ser realizada no pátio de uma escola em uma localização não revelada de Aleppo. Ela ocorreu em um momento que as forças de Assad avançando através de bairros residenciais com artilharia e a partir do céu para tentar expulsar os mercenários.

Nas imagens, cuja veracidade não pôde ser confirmada de forma independente, os homens são identificados como membros da milícia “shabbiha” pró-Assad, da família Berri. Atiradores disparavam neles com rifles semi automáticos e continuavam atirando depois de os homens caírem no chão, seus corpos empilhados um sobre os outros. Outro vídeo mostrou mercenários comemorando após dominarem uma delegacia na cidade de Nayrab, a sudeste de Aleppo. “Venham ver as carcaças que morrem por causa de Assad”, disse um deles antes da câmera passar pela delegacia de polícia e mostrar pelo menos 15 corpos no jardim e dentro do prédio, que está repleto de buracos de balas e parte queimado.

Com informações da Agência Brasil e agências