Irã prepara reunião para discutir crise na Síria

O governo iraniano trabalha para reunir representantes de 15 países da África, Ásia e América Latina com o objetivo de discutir a situação na Síria. O ministro das Relações Exteriores do Irã, Ali Akbar Salehi, e o secretário do Supremo Conselho de Segurança Nacional, Saeed Jalili, defendem uma discussão sobre a realidade dos fatos no país árabe. Para Jalili, as acusações ao governo do presidente sírio, Bashar Al Assad são indevidas e infundadas.

O Irã tem sido um dos aliados mais leais do governo sírio, desde que há 17 meses se iniciaram os conflitos no país. "O Irã não permitirá que o eixo de resistência, do qual considera a Síria uma parte essencial, seja destruído de qualquer maneira que seja”, enfatizou Jalili.. O governo iraniano é terminantemente contrário à imposição de sanções e outras restrições à Síria. Também a China e a Rússia têm permanecido ao lado da Síria

Segundo o ministro iraniano das Relações Exteriores, os laços que unem o Irã à Síria são “profundos e espirituais”. Salehi defendeu a busca por uma solução democrática para a crise que atinge a Síria.

A oposição, contudo, optou pelo caminho do terrorismo e adota uma postura intransigente, recusando-se ao diálogo com o governo do presidente Assad.

“A violência já custou a vida de muitos civis sírios”, ressaltou Jalili, rejeitando a ingerência estrangeira na Síria. “O povo sírio deve determinar seu próprio destino”, disse. "A nação síria, que é pioneira na libertação de terras muçulmanas e apoia a resistência islâmica, pode determinar seu próprio destino".

Nesta quarta-feira (8), também o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad pronunciou-se sobre a situação no país árabe. Ele disse que acredita na reconciliação nacional como meio para resolver a crise na Síria. Ao mesmo tempo, fez um chamamento para que os direitos nacionais da Síria sejam respeitados.

As potências imperialistas ocidentais e alguns regimes reacionários árabes, como as monarquias do Catar e da Arábia Saudita, financiam e fornecem armas e contingentes para o chamado Exército Livre da Síria, que tem perpetrado atos terroristas no país. Também a Turquia se opõe tenazmente ao governo sírio e está transformando a fronteira com o país em um corredor por onde passam armas e mercenários que vão se juntar aos combatentes do chamado Exército Livre da Síria.

Em relação ao sequestro de 48 peregrinos iranianos, no último dia 5, nos arredores de Damasco, Jalili ressalta que o governo do Irã esgotará todos os métodos legais para garantir a libertação dos peregrinos.

Redação, com agência iraniana Irna