Paraguai: Fórum articula unidade para recuperar o poder

Depois de dois dias de deliberações, várias centenas de delegados procedentes dos diferentes departamentos, representando organizações sociais de diversos setores, reiteraram sua rejeição ao julgamento político que destituiu de seu cargo o presidente Fernando Lugo.

O Fórum, de cuja organização não participaram os partidos políticos, propôs empenhar seus esforços em trabalhar pela unidade das instâncias progressistas com o objetivo de fazer valer o interesse geral sobre qualquer outro particular.

Os participantes também responsabilizaram os partidos políticos tradicionais de direita, assim como os grandes interesses econômicos nacionais e multinacionais do agronegócio e da indústria, pela ruptura democrática ocorrida e pelo retrocesso registrado nos avanços sociais.

"O golpe de Estado, executado violentamente contra o governo eleito pelo povo e contra o processo democrático trabalhosamente construído em nosso país, representa um gigante retrocesso das conquistas do povo paraguaio", afirmaram os participantes.

Outro acordo atingido no evento foi a decisão de multiplicar o Fórum mediante a articulação das organizações presentes em um espaço comum de ação conjunta, o qual incluirá filiais dessa instância constituídas por paraguaios residentes em vários países.

"Temos como desafio resgatar e revalorizar a verdadeira soberania com autoridades legítimas e construir um modelo de sociedade diferente", sentenciou o pronunciamento assinado por dezenas de organizações.

As entidades que participaram dos debates representam camponeses, trabalhadores, indígenas, estudantes, mulheres e profissionais de todas as regiões da nação guarani.

Fonte: Prensa Latina