Reino Unido mantém decisão de não dar salvo-conduto a Assange

O Reino Unido manteve nesta segunda-feira (20) sua rejeição a conceder salvo-conduto ao fundador do  Wikileaks, Julian Assange, para sair do país, após a concessão de asilo político outorgada pelo Equador.

 "Sob nossas leis, estamos obrigados a extraditá-lo à Suécia. É nossa intenção cumprir essa obrigação", confirmou por comunicado um porta-voz do premiê britânico, David Cameron.

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Nesse sentido, Downing Street assegurou também que continuará as conversas com o governo equatoriano para chegar a uma solução diplomática sobre o caso do fundador do WikiLeaks.

Asilado desde 19 de junho na embaixada equatoriana em Londres, depois de sua prisão em dezembro de 2010 pela polícia britânica, Assange opõe-se a sua entrega à nação nórdica por supostos delitos sexuais, acusações que o jornalista australiano nega.

Após um longo processo judicial de quase 18 meses, a Corte Suprema britânica rejeitou os argumentos contra a extradição, após esgotar todas as vias legais, Assange se refugiou na sede diplomática equatoriana.

Na última quinta-feira (16), frente à rejeição de Londres, o Equador concedeu asilo político a Assange ao considerar que sua vida corre perigo caso seja extraditado à Suécia, devido à ameaça de uma posterior deportação aos Estados Unidos, "país onde não existem garantias de um julgamento justo para o fundador do Wikileaks",  considera Quito.

Depois de denunciar a escassa ajuda jurídica de seu país natal a  Austrália, o editor teme que sua extradição à Suécia acabe por sua entrega aos Estados Unidos, onde poderia enfrentar inclusive a pena de morte por revelar informações confidenciais desse país.

O Wikileaks e seu fundador estão na mira de Washington e do Pentágono pela revelação em novembro de 2010 de cerca de 25 mil telegramas do Departamento de Estado, que puseram em xeque a diplomacia norte-americana.

Fonte: Prensa Latina