Professores paraguaios ameaçam governo com greve geral

Milhares de professores paraguaios deram um ultimato ao governo e anunciaram que vão realizar uma greve nacional e paralisar os exames finais se não for remetido ao Parlamento um aumento orçamentário. Eles também cobram a quitação da dívidas salariais.

No segundo grande incidente com o setor do trabalho em que se envolveu nos últimos três dias, o Ministério da Fazenda, sede também de um conflito com seus próprios empregados, foi acusado de não resolver o envio ao Congresso da solicitação de fundos para resolver esta crise.

Oito grêmios de professores deram este último prazo também a Federico Franco, que ocupa a presidência da República desde a destituição do presidente Fernando Lugo, para que intervenha neste assunto.

Os docentes reclamam o pagamento da remuneração completa a mais de 16 mil professores que ganham menos que o salário mínimo estabelecido no país e a outros 17 mil afetados, fora dos benefícios a que têm direito pela hierarquia docente vigente.

O presidente da Federação dos Professores do Paraguai, Atilano Fleitas, disse que, se o aumento orçamentário para a Educação for negado, os exames finais da segunda etapa serão suspensos por uma greve nacional.

O ministro da Educação, Horacio Galeano, disse que realizou o pedido à Fazenda em 17 de julho, conforme acordado com os grupos sindicais, mas o ministério não fez a solicitação ao Parlamento.

"Damos prazo até 31 de agosto, se o pedido não for enviado, em setembro entramos em uma greve geral para coincidir com a época dos exame nas escolas", sentenciaram líderes sindicais.

Fonte: Prensa Latina