Tranquilidade predomina nas eleições em Angola

As eleições em Angola para a escolha de parlamentares, desde o fim da guerra civil no país em 2002, se realizama nesta sexta-feira (31) sob clima de normalidade, segundo as autoridades do país.

Cerca de 10 milhões de eleitores estão habilitados para a escolha de 220 deputados. Como nos Estados Unidos e no Reino Unido, a eleição do presidente é indireta e quem vota são os parlamentares. Policiais e militares foram colocados de plantão nas principais cidades do país no esforço de garantir a segurança e a ordem.

O atual presidente José Eduardo dos Santos é o número 1 da lista de seu partido, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), na tentativa de obter mais um mandato. Para especialistas, a sigla deve ficar com a maioria das cadeiras no Parlamento, o que garantirá a Santos mais um mandato de cinco anos.

Ao mesmo tempo, a oposicionista Nova Democracia – União Eleitoral (ND-EU), destacou hoje que a votação é “histórica para a população angolana, pois permite a reafirmação da democracia”, segundo palavras de sua secretária-geral do núcleo feminino da coligação, Cesinanda Xavier.

Em Angola, o voto é em lista fechada. O eleitor vota no partido, que apresenta previamente uma lista com os nomes de seus candidatos e a ordem em que eles entram no Parlamento. Se um partido tem 20% dos votos, por exemplo, tem direito a 44 vagas, então os 44 primeiros nomes daquele partido estarão eleitos – e assim, sucessivamente, até que as vagas estejam todas preenchidas.

A Unita, segunda maior força política de Angola, e a parte apoiada pelo imperialismo desde os tempos da guerra civil e da libertação do País, quando seu líder era Jonas Savimbi, tem protestado contra as eleições, alegando "parcialidade" mas se mantém na disputa.

Durante 27 anos, a Unita tentou derrubar o governo do MPLA, com o apoio do imperialismo e da África do Sul, então um país racista. Cerca de 500 mil angolanos morreram no confronto provocado pela organização. Um acordo de paz só foi possível após a morte de Savimbi em 2002, durante um confronto com forças do governo.

Desde que a guerra acabou, Angola tem enriquecido visivelmente. O padrão de vida da população e o acesso a bens de consumo aumentaram. Em 2011, a economia angolana cresceu 11%, principalmente em função das exportações de petróleo e minério.

Com informaçoes da Agência Brasil e Angop