Marcha pela Educação é crucial neste momento, diz Iliescu

Para pressionar pela aprovação da aplicação dos 10% do Produto Interno Bruto em Educação, no Plano Nacional de Educação, trabalhadores, professores e estudantes saíram em passeata na manhã desta quarta-feira (5), em Brasília (DF). O presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Daniel Iliescu, falou ao Vermelho da importância dos movimentos neste momento para pressionar o Congresso para que o PNE seja aprovado ainda neste ano.

Depois de 18 meses tramitando na Câmara, o PNE foi aprovado em uma votação história, em 26 de julho, por unanimidade. Agora, depois de uma tentativa de mantê-lo na Casa, com um recurso de plenário, segue para o Senado.

A 6ª Marcha pela Educação reúne entre 8 mil e 10 mil pessoas na capital federal, de acordo com estimativas da organização do ato e da Polícia Militar. Com o lema "Independência, Educação de Qualidade e Trabalho Decente", os manifestantes também pedem o combate à terceirização dos serviços por levar à precarização do trabalho e a efetivação do piso nacional do magistério, sem a correção pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação, proposta defendida pelos governadores.

Atualmente, a legislação determina que o piso dos professores deve ser corrigido de acordo com o percentual de crescimento do valor mínimo anual por aluno do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

Depois de se concentrarem em frente à Torre de TV, no Eixo Monumental, uma das principais vias no centro da capital, seguiram para o Congresso Nacional. Às 14 horas, está prevista reunião com a ministra da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Ideli Salvatti, e às 15 horas, com o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS).

A pauta de reivindicações da marcha envolve outros temas, além de educação, como a suspensão do Decreto 7777, de 24 de julho de 2012, que transfere atribuições da administração pública federal a governos estaduais e municipais durante greves de servidores públicos federais.

Deborah Moreira
Da redação