Grito dos Excluídos: mobilizações marcam o 7 de Setembro

Em diversas partes do país, a comemoração do Dia Sete de Setembro foi marcada por manifestações de diversas organizações que compõem o Grito dos Excluídos.

Integrantes de organizações sociais participantes do Grito dos Excluídos no Distrito Federal aproveitaram o Dia da Independência para criticar o modelo político e econômico brasileiro e cobrar das autoridades maior atenção aos direitos básicos de todos os cidadãos.

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Como cada núcleo dispõe de autonomia para elaborar sua própria pauta. Na capital federal, as críticas atingiram também o governo local, principalmente a Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis-DF). O órgão é responsável por zelar pelas normas de uso e ocupação do solo, devendo coibir a abertura de comércios e obras irregulares em áreas públicas, controlar a expansão urbana e impedir a grilagem de terras públicas, entre outras atribuições.

“Queremos mostrar que o modelo econômico está excluindo as pessoas. Conseguimos uma representatividade muito ampla para isso, para mostrar que do jeito que está não dá”, declarou um dos organizadores do ato, Vitor Guimarães, do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

Segundo ele, como o ato reúne vários movimentos, cada qual com a suas prioridades, não é objetivo do Grito dos Excluídos apresentar opções e soluções aos problemas apontados. “Isto, cada movimento faz a seu modo, conforme suas prioridades”.

A expectativa dos organizadores era reunir ao menos 500 pessoas. Para isso, quatro ônibus transportaram manifestantes de cidades-satélites até a Esplanada dos Ministérios, onde acontece a cerimônia oficial do Sete de Setembro. O grupo esperava atrair a adesão de pessoas que assistiam ao desfile cívico.

Rio de Janeiro

No Rio, Grito dos Excluídos ocupou a Avenida Presidente Vargas logo após o encerramento do desfile cívico-militar deste Sete de Setembro. Com o slogan "Queremos um Estado a Serviço da Nação, Que Garanta Direitos a Toda a População!", os integrantes do movimento reivindicavam um Estado a serviço do povo.

Marcelo Durão, da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), e um dos integrantes do colegiado que organizou O Grito dos Excluídos, disse à imprensa que o objetivo do movimento é trazer a voz dos excluídos para as comemorações pelo Dia da Independência.

“A gente procura trazer para o movimento e para as comemorações do Sete de Setembro a voz e a mensagem dos excluídos. Pessoas que, na realidade, estão à margem desta independência que se comemora hoje aqui na Presidente Vargas. O que procuramos trazer é o grito por uma outra independência que valorize os trabalhadores e suas comunidades”, declarou.

Saiba mais

O Grito dos Excluídos surgiu entre os anos 1993 e 1994, para marcar o dia de manifestações e protestos que “denunciam os atos cometidos em nome do imperialismo do sistema vigente, que atacam diretamente a soberania popular brasileira”, ressaltou Durão.

Com informações da Agência Brasil