Na Colômbia poderá haver consulta popular sobre acordo de paz 

O congressista colombiano Guillermo Rivera assegurou nesta sexta-feira (21) que o presidente Juan Manuel Santos considera a possibilidade de habilitar um mecanismo de consulta popular que permita que a população possa opinar sobre os eventuais acordos de paz com a guerrilha.

Segundo declarações de Rivera para a emissora Caracol Rádio, o tema foi abordado na véspera durante uma sessão dessa instância governamental, que Santos decidiu convocar novamente o Conselho de Paz, para solicitar das parlamentares.

Instituído em 1998, mediante a Lei 434, pelo ex-governador Ernesto Samper, seu objetivo é incorporar na sociedade civil, de maneira orgânica, para as negociações em busca de uma solução do conflito armado que dura no país há quase meio século.

De acordo com ele, as organizações sociais deverão designar os porta-vozes que as representarão ante os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, como integrantes deste Conselho.

Rivera assegurou que, além no Congresso vão desempenhar um papel fundamental na tramitação dos projetos de lei, que permitirão materializar o resultado dos futuros acordos de paz, cuja próxima fase começará com uma mesa de conversa no dia 8 de outubro na em Oslo, na Noruega.

Por sua part, Samper, em diálogo com a mesma emissora de rádio, destacou o apoio massivo para as atuais negociações de paz e anunciou que apresentará na próxima terça-feira (25) no Congresso uma iniciativa focada na adoção bilateral de acordos humanitários enquanto a paz se materialize de maneira concreta.

Acrescentou que considera oportuna esta medida, contemplada na Convenção de Genebra, para resguardar a população civil, tendo em conta que não haverá cessar fogo até declarar-se oficialmente o fim da guerra e isso pode demorar vários meses e inclusive até um ano, disse.

As conversas entre o Governo e as Farc, para uma saída política do conflito, começaram um ano, a próxima fase, enfocada em viabilizar o fim da guerra e a construção de uma paz começa na Noruega e continuará em Cuba.

Fonte: Prensa Latina