Mapuches fazem 1 mês de greve de fome por recuperação de terras

Os quatro presos Mapuches que mantém greve de fome no presídio de Angol, na Araucanía chilena, já perderam até 10 quilos, ao cumprir nesta terça-feira (25) um mês de greve de fome por um julgamento justo e pela recuperação de seu território

Segundo reportagem da Rádio Cooperativa, o dirigente comunitário Daniel Melinao mostrou-se preocupado com o estado de saúde dos réus e denunciou que não teve nenhuma aproximação das autoridades.


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O dirigente informou que se interpôs um recurso de nulidade perante a Corte Suprema, para evidenciar que no julgamento "houve uma condenação racista, discriminatória e ao mesmo tempo não se respeitou o devido processo".

De acordo com Melinao, os presos têm maiores sintomas de tontura, cansaço e em geral debilidade física, mas se negam não só a ingerir alimentos, como também a ir ao hospital.

Erick Montoya, Rodrigo Montoya, Paulino Levipan e Daniel Levinao permanecem presos em Angol e exigem que a Corte Suprema de Justiça revise as condenações.

Os dois últimos foram sentenciados em agosto deste ano a 10 anos e um dia de prisão pelo delito de homicídio frustrado contra policiais Carabineiros em serviço e a 541 dias de cárcere por porte ilegal de arma de fogo.

Em comunicados emitidos recentemente, os presos defendem também a devolução total do território do povo Mapuche, a desmilitarização imediata das terras dessa comunidade e a não-utilização por parte da justiça de testemunhas protegidas nem montagens político-judiciais.

Fonte: Prensa Latina