Em assembleia, bancários avaliam proposta de 7,5% de reajuste

A Federação Nacional dos Bancos, a Caixa e o Banco do Brasil retomaram a negociação nesta terça-feira (25/9), após oito dias de greve nacional, e ofereceram novo reajuste, de 7,5%, com 2,02% de aumento real. A categoria paralisou as atividades na terça-feira da semana passada, após nove rodadas de conversação, e se reúne em assembleia nesta quarta-feira (26/9), às 18h30, no Ginásio de Esportes do Sindicato dos Bancários da Bahia, para avaliar a nova proposta.

Propuseram ainda 8,5% de elevação no piso e auxílios-refeição e alimentação, além de 10% para a parcela fixa da PLR (Participação nos Lucros e Resultados). Com o novo índice, o piso passa para R$ 1.519,00, a cesta alimentação chega a R$ 367,90. O auxílio-refeição será de R$ 472,15 por mês, o equivalente a R$ 21,46 por dia.

Em relação à PLR, a regra será a mesma do ano passado: 90% do salário mais R$ 1.540,00 fixos (reajuste de 10%), com teto de R$ 8.414,34. Caso a distribuição do lucro líquido não atinja 5% com o pagamento da regra básica, os valores serão aumentados para 2,2 salários, com teto de R$ 18.511,54. A PLR adicional é de 2% do lucro líquido distribuídos linearmente, com teto de R$ 3.080,00. A primeira parcela da PLR será paga até 10 dias após a assinatura do acordo e a segunda até 1º de março próximo.

No entanto, em relação às pautas específicas dos empregados, o Banco do Brasil e a Caixa ainda precisam melhorar a proposta. O Banco do Nordeste volta a sentar à mesa com os representantes dos funcionários na tarde desta quarta-feira (26/9).

Para o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Euclides Fagundes, os bancos públicos têm perdas históricas, que são sentidas em cada campanha salarial. Vários setores públicos conseguiram repor as perdas dos governos de FHC e os bancários são um dos poucos que não conseguiram. “No momento de crescimento econômico é importante exigirmos essas reposições. Não acredito que consigamos tudo isso em apenas uma campanha salarial, mas é necessário se ter um diferencial no BB, na Caixa e no BNB.”

De Salvador,
Maiana Brito