Farc denunciam ameaça de morte contra guerrilheiros
O líder das Forças Armadas Revolucionárias de Colômbia, Exército do Povo (Farc-EP), Timoleón Jiménez, advertiu que irão à mesa de diálogo com o governo "não por medo da morte, mas por amor à vida".
Publicado 27/09/2012 18:13
Em uma mensagem publicada na rede social Twitter, o Comandante denunciou a eventual operação militar que busca matar outros três membros do secretariado da guerrilha, anunciada há poucos dias pela administração do presidente Juan Manuel Santos.
“Santos e generais anunciam a pronta baixa de três membros do Secretariado. O diálogo é então para assinar a rendição?”, publicou. "Acreditam que vão repetir outra vez a execução de Alfonso Cano, convidam a dialogar enquanto planejam o golpe definitivo. Assim têm sido sempre", disse.
Em mensagem na rede social, Jiménez afirmou que iniciarão as conversas no próximo dia 8 de outubro em Oslo, Noruega, "por mudanças, justiça e pátria para todos". Para o líder guerrilheiro “Santos continua com a tradição criminosa de todas as oligarquias. A história universal da infâmia, ainda não terminou de ser escrita”.
Mesmo que o governo colombiano tenha reiterado várias vezes sua disposição de buscar a paz, aumentou o assédio contra as forças insurgentes, que pediram um cessar-fogo diante das conversas que virão.
Em sua conta no Twitter, Timoléon Jiménez colocou várias mensagens ao presidente: "A paz de Santos, boa para os ricos: bombas, metralhadoras, capturas em massa, perseguições, ameaças, fome e crimes contra os de baixo", foi um dos mais recentes.
“Os diálogos de paz apenas terão sucesso com a participação e reconhecimento das grandes maiorias, a agenda delas deveria também estar sobre a Mesa”, expressou.
No último dia 6 de setembro, o governo e a guerrilha anunciaram em separado o começo do diálogo, que terá Cuba e Noruega como garantias, e o Chile e a Venezuela como acompanhantes.
Fonte: Prensa latina