Chávez pede ao povo venezuelano uma ‘avalanche de votos’
No sábado (29), as ruas do emblemático bairro 27 de Fevereiro em Guarenas, estado de Miranda, ficaram abarrotadas por uma maré vermelha de povo em apoio ao candidato à reeleição Hugo Chávez.
Publicado 30/09/2012 11:04
Depois de instar os setores da direita a não se atreverem a tentar desestabilizar o país, Chávez afirmou que em 7 de outubro se imporá a voz do povo venezuelano em paz e na democracia.
De acordo com o presidente, as instituições do Estado permanecerão alertas diante das agendas ocultas que pretendam desestabilizar o país.
"Estaremos alertas diante de qualquer pretensão da extrema direita enlouquecida, de encher a Venezuela de sangue e fogo. Não vamos permitir, recomendo-lhes que não o façam porque se arrependeriam para sempre", assegurou o presidente.
Igualmente, fez um chamamento aos opositores para que façam uma reflexão e se preparem para “o inevitável”, a derrota. Chávez foi enfático ao dizer que a oposição vai perder: “Isto está bem claro”, ressaltou.
"Começamos a receber mensagens de pessoas da direita, de dirigentes conscientes que dizem que não se prestarão a fazer loucuras", e mencionou como exemplo o caso de Aldo Cermeño, um ex-governador de Falcon e tradicional líder do partido social-cristão Copei, que na última sexta-feira (28) denunciou o pacote de medidas neoliberales que o candidato da oposição, Henrique Capriles Radonski, pretende aplicar.
Herman Escarrá, um advogado constitucionalista vinculado à oposição, e David de Lima, um ex-governador do estado oriental de Anzoátegui, entre otros políticos da direita, também anunciaram que rechaçam a proposta de Caprilles.
"Este povo recuperou seus direitos e não vai deixar que estes direitos sejam arrebatados e menos ainda com mentiras e anganos”, afirmou Chávez.
A ofensiva final
Durante seu discurso, o líder bolivariano anunciou que a ofensiva final da campanha eleitoral, rumo às eleições presidenciais de 7 de outubro, começará nesta segunda-feira (1º) desde a Sabaneta, no estado de Barinas, até a capital, Caracas, cruzando as planícies de Barinas, Portuguesa, Cojedes, assim como Lara, Yaracuy, Carabobo e Aragua.
A campanha será encerrada na quinta-feira (4) na capital. "Caracas vai transbordar com a avalanche bolivariana, o furacão da pátria, vamos encher sete avenidas ou mais porque a avenida Bolívar será pequena para nós", disse o presidente.
Chávez convocou pela Rede Venezuelana de Televisão todos os setores da população, jovens, mulheres, trabalhadores, produtores agropecuários, profissionais, técnicos e a classe média a, no dia 7 de outubro, votarem em sua candidatura a presidente.
"Não podemos voltar ao desastre dos governos anteriores; isto seria votar contra nossos próprios filhos; temos que votar pelo futuro e aqui está o futuro no programa da revolução socialista", acrescentou.
Nesse sentido, pediu uma avalanche de votos nas eleições de 7 de outubro. "Avalanche de votos desde muito cedo! Desde a madrugada, temos que pôr em ação uma tática perfeita, devemos cuidar da logística, da mobilização e estar atentos às mesas eleitorais. Será uma grande batalha, por isso chamamos esta campanha de Batalha de Carabobo, porque é uma grande batalha, a nova batalha do século 21, para que se abra um novo ciclo de futuro", exclamou.
O futuro imediato
Para o próximo período presidencial de 2013 a 2019, Chávez ratificou que a revolução bolivariana seguirá resolvendo os problemas dos venezuelanos, porque para seu governo é essencial a atenção ao povo, diferentemente da gestão do ex-governador de Miranda e candidato presidencial da direita, Henrique Capriles Radonski.
“À oposição não interessam os problemas do povo. Não resolveram nada nem resolverão porque nunca mais voltarão", afirmou Chávez perante a maré humana vermelha que o acompanhou.
Disse que o candidato burguês é o "candidato de puros negociantes de ofício, dos banqueiros, fugitivos, dos grandes corruptos e das grandes empresas da burguesia, não é o candidato do povo".
Igualmente, ressaltou: "Está muito claro. Ninguém deve se confundir neste momento da história que estamos vivendo. Nós representamos a candidatura da Pátria, do povo, da verdade, da juventude, da pátria venezuelana".
Para encerrar seu discurso, o presidente e candidato à reeleição reiterou que não se deixará comprar pela burguesia e não faltará aos venezuelanos, como não faltou nos últimos 14 anos.
“Não me vendo nem me venderei. Tive que enfrentar a própria morte para cumprir o compromisso que tenho com o povo, a quem amo mais que a minha própria vida. (…) Como não lhes faltei no 4 de fevereiro (de 1992, dia da insurreição cívico-militar liderada por Chávez) e como não lhes tenho faltado nestes 14 anos (desde que foi eleito pela primeira vez), lhes prometo que tampouco lhes faltarei no próximo período presidencial, porque Chávez não mente, porque Chávez não se vende, porque Chávez é o povo, é a verdade, são vocês, somos nós todos. (…) Se querem pátria, em 7 de outubro votem em Chávez, venham com Chávez. Os que querem pátria, que venham com Chávez!", finalizou o líder da revolução bolivariana.
da Redação do Vermelho, com Agência Venezuelana de Notícias