Protestos contra governo multiplicam-se no Paraguai

O Paraguai vivencia uma multiplicação dos protestos contra o governo, pelo não cumprimento de benefícios obtidos pelos trabalhadores, o aumento das demissões e o desconhecimento das demandas dos povoados. 

Beneficiários do programa Tekoporá – de grande impacto no auxílio às famílias desprotegidas e que foi reforçado no governo do destituído presidente Fernando Lugo e apoiado pela FAO – saíram às ruas nas últimas horas e ameaçam permanecer protestando.

A razão é que as famílias não estão recebendo mais a transferência monetária que lhes corresponde para sua subsistência e para garanti a alimentação e o estudo de seus filhos. Para reivindicar uma solução ao problema, os manifestantes fecharam uma das vias principais.

Paralelamente, o Sindicato dos Trabalhadores da Secretária da Assistência Social, cujos membros mantêm protesto próximo às instalações desse organismo, outorgou à direção da secretaria um prazo de 72 horas para reintegrar cerca de 300 empregados despedidos. Os demitidos foram afetados por razões políticas e ideológicas, diz o sindicato.

Além disso, centenas de habitantes das orlas do rio Paraguai também mantêm marchas nas ruas, para evitar o que qualificam de desapropriação de seus direitos. Eles destacam que, sob o argumento da construção de um cais em volta do rio, o governo pretende tirá-los de suas moradias sem ressarcir-lhes de forma conveniente, quer seja economicamente ou com a entrega de outras casas.

Os históricos povoados da faixa costeira de Assunção propõem o direito a um habitat digno e alertam que poderiam perder seus empregos naquela zona, caso seja materializado o despejo que rejeitam.

Fonte: Prensa Latina