Chanceler equatoriano alerta Celac sobre nova crise mundial

O chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, inaugurou nesta terça-feira (9) a reunião de especialistas em temas econômicos e financeiros da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) preparatória da próxima reunião ministerial que será realizada no Chile.

Patiño alertou para os países da região o que chamou de“sombras de uma nova crise financeira mundial, segundo últimos relatórios do Sistema Econômico Latino-americano e do Caribe (Sela) e a Comissão Econômica das Nações Unidas para a região (Cepal).

“Se prevê uma recaída da economia mundial ante as falhas estruturais do sistema capitalista mundial, afirmou Patiño para propor a necessidade de controlar e regular o sistema financeiro internacional com medidas regionais contra conjunturas como as que foram aplicadas em 2009.

“A única certeza que temos hoje é que aquelas políticas aplicadas por alguns países permitiram manter níveis de crescimento e em alguns casos aumentar a demanda interna através do investimento público e outros mecanismos de estímulos ao consumo”, destacou.

O principal problema que exige resolução imediata está nos maus prognósticos associados ao chamado precipício fiscal dos Estados Unidos , e as elevações tributarias e recortes do gasto que entrarão em vigor em janeiro de 2013 por 560 bilhões de dólares.
Ressaltou que isto se implica numa forte desaceleração da economia estadunidense, que tem projetado crescer apenas 0,5% em 2013 e já Índia e Brasil implementaram políticas para contrariar os efeitos da crise dos países desenvolvidos sobre sua produção industrial.

Patiño denunciou que o Banco Mundial prepara uma nova armadilha contra o Equador, através do Centro Internacional de Arranjo de Diferenças Relativas a Investimentos (Ciadi), com uma ilegal, ilegítima e absurda decisão que manda ressarcir a uma empresa que violou a lei equatoriana mais de dois milhões de dólares.

“A polícia tem que pagar para o delinquente”, ironizou ao referis-se a petroleira que transferiu 40% das ações que possuía para a companhia Alberta Energy Corporatión (AEC), sem comunicar ao Equador sobre sua decisão. Cumprindo as leis equatorianas o contrato foi cancelado e a manutenção destes recursos passaram para as mãos do Estado.

“Isto mostra mais uma vez, que o Banco Mundial pretende que o capital esteja acima da soberania de nossos povos”, enfatizou, após convidar aos países da região para incorpora-se ao Banco do Sul que começará em abril do próximo ano com sete países.

Fonte: Prensa Latina