Encontro discute racismo, sexismo e homofobia na escola
Desta quarta-feira (17/10) até a próxima sexta (19), a Secretaria de Educação do Estado promove um encontro de professores, gestores, representantes de movimentos sociais e de universidades para discutir a implementação de temas relacionados ao racismo, sexismo e homofobia no currículo das escolas baianas. Ao final, um documento será confeccionado para nortear as práticas pedagógicas dos docentes.
Publicado 18/10/2012 15:30 | Editado 04/03/2020 16:17
Batizado de “‘Diálogos Formativos – Educação em Direitos Humanos: combatendo o racismo, o sexismo e a homofobia na escola’, o evento começa às 18h, no Hotel Vilar Mar, no bairro de Amaralina. A abertura contará com a conferência da professora Luma Andrade, da Universidade Federal do Ceará, primeira travesti a obter o título de doutora no Brasil.
O membro do Comitê Estadual LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros), Juremar Oliveira, demonstrou entusiasmo com a iniciativa do Governo Estadual. Para ele, a discussão em sala de aula poderá ter um impacto na consciência coletiva da população, ainda que não imediatamente.
“A homofobia é uma prática cotidiana e também está dentro da escola, portanto, é preciso que a estrutura do Estado se mobilize mesmo. Mexer na estrutura da escola e trabalhar no convencimento dos alunos, no que se refere às formas de lidar com a situação, é fundamental para podermos vencer a homofobia”, explica.
Programação
Na quinta-feira (18), participam a representante do Conselho Nacional de Educação, Rita Gomes do Nascimento, conhecida como Rita Potyguara, por ser indígena, e da representante do Conselho Estadual de Educação, Alda Muniz Pepe, entre outros nomes.
Na sexta-feira, serão apresentadas experiências exitosas de enfrentamento ao preconceito, como a Escola Comunitária Luiza Mahin, no bairro do Uruguai, e a Escola Municipal Eugênia Anna dos Santos, instalada dentro do Terreiro de Candomblé Ilê Axé Opô Afonjá.
De Salvador,
Erikson Walla