Farc-EP confirmam compromisso com diálogo para a paz

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (Farc-EP) ratificaram nesta sexta-feira (2) a agenda para iniciar o processo de paz.

Em um comunicado as Farc-EP assinalam que "o Acordo, dado a conhecimento público formalmente a partir do anúncio da primeira semana de setembro, tem um conteúdo que pode ser reafirmado" com vários aspectos.

Entre eles, diz a guerrilha no texto, "o diálogo parte de um Acordo Geral que tem o propósito de terminar o conflito" que é armado, político e social para construir a paz estável e duradoura, que não pode ser outra cosa que a paz com justiça social.

O comunicado acrescenta que o fim do conflito implica acabar com as causas que o originaram e que são a razão de sua permanência no tempo.

Por isso, é óbvio que a solução dos problemas é a base para uma verdadeira concórdia na Colômbia, acrescenta.

Para as Farc-EP "acabar com suas causas é uma necessidade inevitável para alcançar a paz com justiça social", enfatiza.

Trata-se, assinala, de "um compromisso mútuo das partes que assinaram o Acordo Geral, mas tomando em consideração que o diálogo que dele resulte, deve ter a participação protagonista do povo".

"Isto se reconfirma na ideia plasmada no Acordo Geral, que consiste em que se parte do reconhecimento de que "a construção da paz é assunto da sociedade em seu conjunto que requer a participação de todos, sem distinção", sublinha.

As Farc-EP asseguram que qualquer ponto que se aborde do Acordo, implica um desenvolvimento em que se inclua considerar "o respeito dos direitos humanos em todos os confins do território nacional", "o desenvolvimento econômico com justiça social e em harmonia com o meio ambiente".

Igualmente, o "desenvolvimento social com equidade e bem-estar, incluindo as grandes maiorias", o que pressupõe também "ampliar a democracia como condição para conquistar bases sólidas da paz".

Com esta finalidade se contará com o acompanhamento da região e da comunidade internacional, afirma o documento.

A guerrilha colombiana enfatizou que para alcançar essas metas contidas no Acordo Geral "se desenvolverão conversações diretas e ininterruptas até alcançar um Acordo Final para o término do conflito"

As Farc-EP explicam que existe o desejo de que o diálogo se desenvolva de maneira efetiva, expedita, e no menor tempo possível e que sua duração estará sujeita a avaliações periódicas dos avanços.

A guerrilha pontua que na agenda se pactuou falar sobre seis pontos, entre eles a política de desenvolvimento agrário integral, acesso e uso da terra; participação política; fim do conflito, solução ao problema das drogas ilícitas; vítimas e o sexto, implementação, verificação e confirmação.

Para as Farc-EP "o processo teve diferentes momentos, mas é um mesmo conjunto que não pode ser submetido a esquemas tecnocráticos que o esquartejem".

Prensa Latina