Manifestantes pressionam por 100% dos royalties para educação

Enquanto os líderes partidários negociavam, em reuniões e conversas, o acordo para votação do projeto que destina 100% dos recursos do pré-sal para educação, durante todo o dia desta terça-feira (6), na Câmara dos Deputados, representantes do movimento estudantil e social percorriam os corredores e salões do Congresso Nacional fazendo a defesa do projeto. Para eles, o projeto será a redenção do país.

Manifestantes pressionam por 100% dos royalties para educação - Agência Câmara

Em meio a elogios a proposta e críticas aos que se posicionam contrário a matéria, os líderes estudantis lembram que a luta pelos 100% do pré-sal para educação ganhou força quando a Câmara aprovou, no último dia 26 de junho 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para educação.

O presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Daniel Iliescu, lembrou que no último dia 22 de agosto, em audiência com a Presidenta Dilma, as entidades estudantis ouviram a promessa dela de que o governo lutaria pelos 50% do fundo social e 100% dos royalties do pré-sal para a educação.

A votação do projeto traduz o acúmulo da luta do movimento estudantil por mais recursos para educação, destaca Iliescu, acrescentando que a aprovação da matéria representa a valorização da opinião pública pelo parlamento.

Sérgio José Custódio, do Movimento Sem Universidade (MSU), avalia a votação do projeto como “algo inédito” no Brasil. A aprovação do projeto, reivindicado pelo movimento educacional inteiro, deixa a escola pública em pé e evita a tragédia nacional que fará com que a corrupção histórica que vitima o país tomará conta desses recursos se não for destinado para educação, diz Custódio.

A opinião de Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, coincide com Custódio. Ele diz que se os recursos não forem empregados em educação, serão usados em obras públicas que não atende as necessidades reais do povo. Ele diz ainda que se a educação receber os recursos do pré-sal vai desafogar os demais recursos públicos para serem empegados nos demais setores.

De Brasília
Márcia Xavier