Primeiro-ministro de Israel ameaça atacar o Irã

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, se declarou "pronto, se for necessário", para lançar um ataque contra instalações nucleares iranianas, durante entrevista na TV nesta segunda-feira (5). "Estamos prontos, se necessário, para apertar o botão" e iniciar um ataque contra instalações nucleares do Irã, disse Netanyahu ao Canal 2 da televisão israelense sobre uma ação "convencional" e não nuclear.

Depois, o dirigente sionista fez de conta que amenizou, mas continuou com suas ameaças, exibindo a arrogância de sempre. "Espero que isto não ocorra. No final, a responsabilidade repousa sobre o primeiro-ministro e enquanto eu for o premier, o Irã não terá a arma nuclear. Se não houver outra possibilidade, Israel terá que agir", insistiu Netanyahu. "Se podemos solucionar o assunto (nuclear iraniano) mediante pressões internacionais, tanto melhor (…), mas somos sérios, não estamos fingindo", insistiu Netanyahu na entrevista.

O primeiro-ministro lembrou que diante de suas advertências, "o presidente (Barack) Obama reconheceu formalmente a Israel o direito de autodefesa, e o presidente (François) Hollande também". Netanyahu realizou na semana passada uma visita à França, durante a qual se reuniu pela primeira vez com Hollande.

A entrevista é divulgada um dia antes da eleição presidencial nos Estados Unidos e após Netanyahu ter pressionado a administração norte-americana, nas últimas semanas, para que fixe uma "linha vermelha" visando impedir o regime em Teerã de obter a arma nuclear.

Segundo o Canal 2, Netanyahu e seu ministro da Defesa, Ehud Barak, deram em 2010 ordem às Forças Armadas para preparar um ataque contra instalações nucleares iranianas, que finalmente foi anulado. O ataque não saiu por oposição do chefe do Estado-Maior na época, general Gaby Ashkenazi, e do então chefe do Mossad, Meir Dagan, segundo o Canal 2.

As revelações do canal televisivo e a entrevista do primeiro-ministro sionista indicam mais uma vez que o Estado israelense constitui uma ameaça à paz e a segurança não só do Oriente Médio mas de todo o mundo.

Com agências