Correa institui maior taxação sobre lucros bancários em 2013

O presidente equatoriano, Rafael Correa, reiterou que, a partir de janeiro de 2013, começa a funcionar um aumento de 3% da taxa sobre os lucros de bancos privados. O fundo destina-se a 2 milhões de pobres que receberão um aumento de 35 a 50 dólares mensais.

O bônus de desenvolvimento humano (BDH) vem sendo entregue a setores vulneráveis com financiamento do Estado, que se soma ao imposto sobre o lucro obtido pelos banqueiros que, somente no ano passado, ascendeu a 393 milhões de dólares.

A decisão de socializar os lucros de bancos nacionais é parte de um amplo programa de atenções à sociedade executado pela Revolução Cidadã. Nesse caso, favorece a portadores de deficiência, parte deles sem cobertura por parte da missão Manuela Espejo, com ajuda cubana, até nos mais longínquos lugares da nação andina. Também ajuda a mães solteiras e pessoas da terceira idade, entre diferentes setores necessitados, a quem garantem uma alimentação básica. O governo Correa exige somente que os beneficiários que incorporem seus filhos ao sistema educativo e participem em programas sanitários preventivos.

Correa recordou que, a pesar de que as transferências em dinheiro não solucionam o grave problema da pobreza, pelo menos mitigam a vulnerabilidade de amplas camadas da população.

O mandatário equatoriano mostrou vídeos demonstrativos do rechaço do banqueiro Guillermo Lasso a esse programa de auxílio aos necessitados. Apesar de que Lasso se havia declarado contra esses "subsídios do governo”, quando se converteu em candidato à presidência, fez a oferta de aumentar o BDH até 50 dólares. Correa tomou a palavra, algo que surpreendeu a seu oponente, que propôs esse aumento; porém, a custas de um ponto das obras públicas.

Os atos de equidade social, empreendidos por Rafael Correa, trazem consigo um arraigo maior nos diferentes setores sociais e, em certa medida, obstaculiza o plano dos Estados Unidos destinado a evitar que seja reeleito. Segundo o ex-diplomata britânico, Craig Murray, "Washington trabalha para influir nas eleições equatorianas”, de modo que o presidente não continue no cargo e partir de 17 de fevereiro de 2013, data das eleições presidenciais no Equador.

Fonte: Adital – publicado originalmente Radio Progreso Alternativa (RPA)