Equador: Comunistas homenageiam trabalhadores mortos em massacre

Há 90 anos do massacre de trabalhadores que protestavam por melhores condições de trabalho Partido Comunista do Equador (PCE) patrocina um encontro com representantes de partidos similares e movimentos progressistas de 13 países latino-americanos e caribenhos.

Trabalhadores Equador

Imortalizada na obra do escritor comunista equatoriano Joaquín Gallegos Lara, “As cruzes sobre a água” reflete o massacre de centenas de trabalhadores portuários por reclamar pela redução da jornada de trabalho, que tiveram seus corpos jogados no rio Guayas. 

Todos os anos no dia 15 de novembro, o povo guayaquilenho faz uma homenagem diante da impossibilidade de enterrar seus mortos, a população jogou centenas de cruzes e coroas de flores no rio.

Representantes dos partidos comunistas de Cuba, Venezuela, Bolívia, Argentina, Colômbia, Uruguai, Peru, Brasil, Panamá, Costa Rica, Chile e a Frente Sandinista da Nicarágua, foram convidados pelo governo equatoriano para participar de um encontro que incluirá o intercâmbio de pontos de vista das delegações sobre a integração regional e será concluída com a aprovação da “Declaração de Guayaquil”

Também é um apoio para a continuação da Revolução Cidadã. O encontro também prestará homenagem às vítimas do protesto que foi duramente reprimido.O Secretário-Geral do Partido Comunista do Equador (PCE), Winston Alarcón declarou que o massacre foi feito “de forma criminosa contra os trabalhadores, onde os assassinos tiraram suas vísceras para evitar que flutuassem”

Este ato histórico, agregou, fez aflorar um levante da parte dos trabalhadores em geral, que viram com este banho de sangue a necessidade imperiosa de organizar a classe trabalhadora e especialmente o partido comunista. " Foi assim que, em 1926, o PCE se organizou e atendeu as demandas da classe trabalhadora, sob influência da Grande Revolução Russa de 1917 e da Revolução Mexicana de 1910", destacou.

Fonte: Prensa Latina