Semana Marighella destaca atuação do líder revolucionário

O Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura realiza, de 21 a 23 de novembro, a Semana Marighella. O evento busca reconstituir a trajetória de Carlos Marighella, líder comunista, perseguido ditadura Vargas, constituinte de 1946, que atuou nos principais acontecimentos políticos do Brasil entre a década de 1930 e o ano de 1969, quando foi assinado numa emboscada em São Paulo. Quarenta anos da sua morte ainda é lembrado como símbolo de resistência à ditadura no Brasil.

Carlos Marighella

A programação da Semana Marighela tem início na próxima quarta-feira (21), às 19h, no Espaço Multiuso do CDMAC, com a bertura  a exposição “Marighella”, com curadoria de Vladimir Sacchetta e Isa Ferraz. A mostra, que passou pelo Memorial da Resistência de São Paulo, traça o perfil e a trajetória de vida de Carlos Marighella apresentando cartas, livros, imagens de arquivo, iconografia variada, depoimentos, além de textos do próprio Marighella.

Na quinta-feira (22), às 20h, no hall do Teatro Dragão do Mar, será lançado o livro “Marighella – O guerrilheiro que incendiou o mundo”. O lançamento será precedido de debate entre o autor Mário Magalhães, o curador Vladimir Sacchetta e a cineasta Isa Ferraz, que além de produzir o documentário “Marighella”, é sobrinha do guerrilheiro. O debate terá início às 19h.

Sexta-feira (23), às 19h, no Teatro Dragão do Mar, os visitantes do CDMAC poderão assistir ao documentário “Marighella”, ocasião em que a cineasta Isa Ferraz fala sobre o processo de resgate histórico e afetivo desse personagem tão contraditório. Enquanto muitos o veem como um terrorista, relatos mostram um homem carinhoso, sensível e sonhador. “Ele entregou a vida por uma ideia”, afirma Isa Ferraz. A trajetória política e revolucionária de Marighella é destacada por contemporâneos do líder da Aliança Nacional Libertadora, como Armênio Guedes, ex-dirigente do PCB, o historiador Jacob Gorender e outros antigos militantes. A falta de imagens de Marighella em movimento é compensada por imagens de arquivo do período estudado e fotografias familiares. Muito material foi perdido durante as invasões policiais aos locais onde ele vivia, ou mesmo destruído por ele, por motivos de segurança. A música que encerra o filme foi composta pelo rapper Mano Brown.

Fonte: Assessoria do CDMAC