22% das gestantes no DF não fazem pré-natal

12.609 mulheres brasilienses – que correspondem a 22,51% das gestantes até junho deste ano –, fizeram o exame pré-natal.

Por lei, todas as mulheres têm o direito a esta assistência. Para isso, basta procurar uma unidade básica de saúde mais próxima da residência e informar ao setor de marcação de consultas sobre o desejo em realizar o pré-natal. Em caso de atendimento negado, a gestante pode procurar a Ouvidoria da Secretaria de Saúde que funciona em todos os hospitais regionais.

Cuidados reduzem óbito

Até junho deste ano, 56 mil mulheres ficaram grávidas, mas somente 43.391 realizaram o pré-natal, segundo a Secretaria de Saúde. De acordo com a médica pediatra do Hospital de Santa Maria, Mirian Barreto, a realização do pré-natal é essencial para a saúde da mulher e do bebê. Nesse acompanhamento, é possível identificar patologias e tratá-las precocemente. “O pré-natal é de suma importância. Podemos identificar HIV, sífilis, hepatite, toxoplasmose, entre outras doenças que descobertas desde cedo podem ser tratadas”, afirma

Segundo a psicóloga da UTI Neonatal do Hospital de Santa Maria, Rachel Cardoso, na maioria das vezes, os partos antes do tempo ocorrem por falta da realização do pré-natal. Algumas crianças, inclusive, chegam a pesos baixíssimos. Em dois anos, Júlia foi o bebê mais leve daquele hospital. “As mães, culturalmente, não tem noção dos riscos que correm ao não fazerem o pré-natal. A gravidez, por si só, já baixa a imunidade e o ideal é que esse estado seja acompanhado. Muitas, chegam em trabalho de parto sem saberem que estão grávidas. Isso tem de ser mudado”, aponta.